Cristóvão Tezza em sua crônica “Karl Valentin e as duas
Alemanhas"(domingo, 8 de outubro de 2017) relata algumas situações
que achei interessante repassar para nossos amigos da “Colônia
Alemã de JF”:
“Lembro o impacto quase didático que senti na travessia de uma
Alemanha à outra, passando em Berlim do cenário tecnicolor do
triunfo do capitalismo para o preto e branco precário do fracasso
socialista”.
“Em Dresden, saí uma manhã para passear e parei num bar, que
avançava na calçada. Não havia mais ninguém. Súbito, chega uma
família alemã; o pai, a mãe, crianças, tios um avô, avançam pelas
dezenas de mesas e, sem pedir licença, vem se sentar comigo
ocupando as três cadeiras restantes e completando as acomodações
nas mesas ao lado. Não foi uma invasão agressiva; cumprimentaram-
me cordialmente... mais tarde a guia me explicou: é a Alemanha
oriental. Por que eles ocupariam varia mesa vazias se ainda havia
lugar à sua? ”
Cristóvão diz que só conhece uma palavra em alemão, mas nunca
conseguiu pronuncia-la corretamente: “selbstverständlich”= aquilo que
-é- evidente-por-s-i-só, ou seja= Óbvio, em português.
Sobre Karl Valentin visite o museu da palavra no site:
www.muenchen.travel/Kulturherbst e conheça “um comediante
extraordinário, palhaço refinado, mestre do nonsense, da
ambiguidade, do duplo sentido e um crítico demolidor de tudo que é
lógico, respeitável e ponderado” conforme Cristóvão Tezza.
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