top of page

o Segundo Conselho Municipal ("Segunda Legislatura da Câmara dos Vereadores) De 07/04/1857 A 06/04/1861 Participaram:
1.    Manoel do Vale Amado, Comendador -  Segundo Agente do Executivo e Presidente do Conselho Municipal 
Conselheiros
2.    Henrique Guilherme Fernando Halfeld
3.    José Caetano de Morais e Castro
4.    Antônio Caetano de Oliveira Horta, 
5.    José Capistrano Barbosa de Alkimin
6.    Josué Antônio de Queiroz
7.    Joaquim Cândido Guimarães
8.    Feliciano Gomes Pinto Monteiro
9.    Domencianno Alves Garcia
10.    José Ribeiro de Rezende
11.    Joaquim de Paula e Souza
12.    Florêncio Antônio da Fonseca:
13.    Joaquim Pedro Teixeira de Carvalho
14.    Leandro Barbosa Teixeira
15.    João Nogueira Penido
16.    Antero José Lage Barbosa, Doutor, 
17.    Antônio Dias Tostes
18.    Manoel de Castro Guimarães
19.    Cesário Leopoldo de Souza Lima
20.    Manoel Ferreira da Silva Velloso
21.    José Fernandez de Miranda
22.    Ludovino Martins Barbosa
23.    Dionizio Fortes


CONTRATAÇÃO DE COLONOS          
Em setembro de 1857 o engenheiro alemão Gilbert foi encarregado por Mariano Procópio Ferreira Lage a contratar 3.000 colonos na Alemanha, mas, só vieram cerca de 1200.

PÁGINA 4
CAPÍTULO IV
SÉCULO XIX
 DE 1855 A 1878

safe_image.jpg

HOME

1855

POPULAÇÃO
Em 1855, na Vila de Santo Antônio do Paraibuna, haviam 4 mil escravos e 2.400 homens livres

1856

ESTRADA UNIÃO INDÚSTRIA
O Início da Construção se deu em 12 de abril de 1856, com a presença de D. Pero II, em Petrópolis e a construção seguiu o traçado do Caminho Novo por onde só passavam pedestres e tropas de burro com trechos sinuosos e íngremes que foram retificados para permitir a passagem de carruagens.
A rodovia União e Indústria teria sido inteiramente feita com mão-de-obra livre, devido a uma suposta cláusula contratual impedindo que, na sua respectiva construção, se utilizasse trabalho servil. Essa ideia chegou a ser defendida por alguns pesquisadores de renome, como Wilson de Lima Bastos, porém não se sustenta, até porque, até onde sabemos, a referida cláusula, na verdade, nunca existiu. 
Ao termino das obras de construção da rodovia, em 23 de junho de 1861 por Dom Pedro II, a Cia. defrontava-se com dificuldades financeiras, causadas pelo elevado custo e surgia a ameaça da concorrência da estrada de ferro D. Pedro. A verdade, porém, é que Mariano Procópio, o grande responsável pela União e Indústria, estava arruinado quando faleceu em 14 de fevereiro de 1872 (há controvérsias). Foto 
O local onde funcionava a Cia. União e Indústria foi cedido em 1882 para a fábrica de tecidos Steele, Morrith e Whytaker, conhecida como “Fábrica dos Ingleses”, mais tarde, “Industrial Mineira” e, finalmente, Companhia Têxtil Ferreira Guimarães. 
Existia um ramal construído pela União e Indústria que teoricamente ia de Juiz de Fora a Rio Novo, na prática ligava a casa de Mariano perto de JF até a fazenda de sua mãe, a Fortaleza de Santana 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


PRIMEIROS IMIGRANTES ALEMÃES EM JUIZ DE FORA
7 de janeiro de 1856: Chegam os primeiros imigrantes alemães e suas famílias em Juiz de Fora, cerca de 120 pessoas. Eram àrtifices para trabalhar na empresa União Indústria.

 

CEMITÉRIO DA GLÓRIA

se encontra anexo à igreja de N. S. da Gloria, no bairro, Morro da Glória na divisa com o bairro Jardim Glória.
A necrópole surgiu pelas graças da Companhia União Indústria, cujo marco, datado de 1856. encontra-se próximo à Capela-Velório. Esta pedra também separa o Cemitério Luterano da parte católica (ano em que o espaço foi delimitado pela Cia)
O comendador Mariano Procópio Ferreira Lage, criador da Empresa União Indústria previu problemas com a Igreja local, pois, os operários de origem germânica que ele trouxe da Alemanha para trabalhar em sua empresa eram, em parte, professos da crença luterana e decidiu instalar nas propriedades da empresa, um vasto terreno para servir de cemitério e sepultar os seus subordinados. Isso, visto que, o campo santo de enterramentos intramuros não suportava a utilização por indivíduos que não fossem de religião católica. 
Os túmulos mais antigos são de um pai e um filho o primeiro

enterrado do lado luterano e o segundo do lado católico, um

exemplo de rusgas entre os alemães que vieram para Juiz

de Fora.
Neste campo santo estão sepultadas as 14 vítimas do maior

acidente ferroviário da história de Juiz de Fora, entre elas o

bispo Dom Lasagna, padres e irmãs, e, posteriormente, tiveram

os restos mortais transladados para outro lugar. 
Muitos restos mortais de personalidades importantes de nossa

história estão depositados neste cemitério, como o Doutor

Constantino Paleta, e o Visconde de Cavalcanti.

No mesmo espaço, o túmulo da Arquidiocese de Juiz de Fora,

das Irmãs de Santa Catarina e os t

úmulos dos Padres Redentoristas (em um anexo). 
Esse Cemitério foi o primeiro de Juiz de Fora a receber

licenciamento ambiental.

União Indústria na altura de Paraibuna

Obras da Estrada União Indústria

1857

1858

COLÔNIA ALEMÃ - D. PEDRO SEGUNDO EM JUIZ DE FORA
 

Veja o E-book clique na imagem 

Livro físico encomendas 
55 32 984958118 ZAP

E-Book

1861

Terceiro conselho municipal ("terceira legislatura da câmara de vereadores) -  07/04/1861 a 06/04/1864 
Participaram:
1.    José Capistrano Barbosa de Alkmin -  Terceiro Agente Do Executivo e Presidente do Conselho Municipal
Conselheiros
2.    João Nogueira Penido
3.    Theophilo Nóbrega Airosa
4.    Domencianno Alves Garcia
5.    José Fernandez de Miranda
6.    Joaquim Pedro Teixeira de Carvalho
7.    José Joaquim Monteiro da Silva – Barão de Santa Helena
8.    José Antônio da Silva Pinto
9.    Francisco de Paula Lima
10.   Vicente Antônio da Silva Oliveira
11.    Francisco Ribeiro de Assis
12.    Francisco de Assis Mendes Ferreira
13.    Antônio José de Macedo Moura, Major
14.    Domingos Antônio Lage
15.    Manoel Ferreira da Silva Velloso
16.    José Caetano Rodrigues Horta
17.    Avelino Rodrigues Milagres
18.    Antônio da Silva Oliveira


INAUGURAÇÃO DA ESTRADA UNIÃO E INDÚSTRIA
É inaugurada, com a presença do Imperador D. Pedro II, a estrada União e Indústria, considerada uma das mais modernas do mundo na época. O percurso, de 144 km, ligava Juiz de Fora a Petrópolis e servia para escoar a produção de café.


UNIÃO INDÚSTRIA: PRIMEIRA ESTRADA MACADAMIZADA DA AMÉRICA DO SUL 


INICIO DA CONSTRUÇÃO DA VILLA FERREIRA LAGE
Mariano Procópio inicia a construção da Villa Ferreira Lage, embrião do que seria posteriormente o primeiro museu histórico de Minas Gerais, o Museu Mariano Procópio.

A ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA DE JUIZ DE FORA ERA A TERCEIRA DE MINAS GERAIS.

PRIMEIRO CULTO PROTESTANTE DE MINAS GERAIS
Provavelmente foi o pastor Georg Gottlob Stroele que oficiou seu primeiro culto em Juiz de Fora em 28 de agosto de 1861. A partir dessa data esse pastor, que morava em Petrópolis, deu assistência pastoral mensalmente com uma viagem a Juiz de Fora.


PRIMEIRA VISITA DE D. PEDRO II À JUIZ DE FORA (MUNICÍPIO DO PARAIBUNA)
Em 23 de junho de 1861 o Imperador, acompanhado de sua esposa e duas filhas, fez sua primeira visita à Juiz de Fora (município do Paraibuna) com a finalidade de inaugurar a rodovia União e Indústria, construída pelo grande empresário Mariano Procópio Ferreira Lage, que também celebrava seu aniversário de 40 anos naquele mesmo dia.
De acordo com o pesquisador Jair Lessa, em seu livro “Juiz de Fora e seus pioneiros”, a comitiva imperial, que saíra de manhã bem cedo de Petrópolis rumo a JF, compunha-se de “cinco diligências de quatorze passageiros cada”. Fez o percurso em cerca de 12 horas de viagem, chegando, portanto, no final da tarde. Seguindo o caminho da rodovia União e Indústria, e vindo de Matias Barbosa, o cortejo dos soberanos passou pelo que é hoje o Poço Rico e depois continuou rumo norte, subindo pela margem direita do rio Paraibuna, num trecho da estrada que depois – talvez por isso mesmo – se chamaria “rua do Imperador”, mas que, já na república, seria rebatizado como a avenida Getúlio Vargas.
Dessa forma, a comitiva imperial não entrou na “velha Juiz de Fora”, postada ao longo da rua Direita, atual avenida Barão do Rio Branco. Ao invés disso, chegou aonde é hoje o largo do Riachuelo e de lá dirigiu-se diretamente “para o castelinho de Mariano, passando entre as alas formadas pelos alemães colonos, funcionários da Companhia [União e Indústria] e alunos do colégio Roussin”. A entrada dos imperadores em JF – ou melhor dizendo, na “cidade de Mariano” – foi, portanto, triunfal. E, para isso, igualmente contribuiu a presença de uma guarda de honra de 160 cavaleiros fardados pelo Tenente-Coronel barbacenense Lino Armond, tio paterno de Mariano, e também de outros 40 cavalarianos especialmente vindos de Ouro Preto, então capital da província de Minas Gerais.
Uma multidão de populares se apinhava para ver o cortejo imperial. Mas Jair Lessa também comentou, com uma pitada de irreverência, que, ao grandioso evento igualmente compareceu em peso “a garrida oficialidade da guarda nacional local e vizinha (…) com seus flamantes uniformes, atropelando-se nas longas espadas, continentando-se uns aos outros, mãos rígidas às palas de emplumados capacetes. Não houve recepção no Castelinho, por ainda não estar pronto. À porta da residência de Mariano, o Imperador recebeu os cumprimentos das autoridades locais e vizinhas, entre as quais, o Barão de Bertioga e o vereador reeleito Halfeld, na melhor farda, medalhas e comenda. Tamandaré e o Ministro da Justiça, o presidente de Minas, deputados e senadores de doze províncias, juízes, vereadores e autoridades de Ouro Preto, Barbacena e todas as cidades vizinhas. Muita gente aplombada, perambulando pelas ruas, solicitando aos residentes licença para usarem ‘a casinha’, pois não ficaria bem para suas emproadas jerarquias acocorarem-se escondidinhos aí pelos matos”.
O Imperador, em sua primeira noite juiz-forana, decidiu ficar na casa de Mariano, deixando de se hospedar no luxuoso palacete que Manuel do Vale Amado erguera especialmente para recebê-lo.  Era mesmo previsível que isso acontecesse o soberano veio a cidade para inaugurar a rodovia, nada mais natural para ele do que ir até o ponto final da mesma, que vinha a ser a “estação do Juiz de Fora”, construída na vila de Mariano. O palacete de Vale Amado situava-se a alguns quilômetros dali, como se fosse em “outra” cidade. 
O pai de Mariano Procópio, chamado Mariano José Ferreira Armond, cerca de três décadas antes, hospedara em sua grande fazenda barbacenense o monarca anterior, D. Pedro I. Os lençóis então utilizados pelo primeiro soberano brasileiro nessa antiga visita a Barbacena foram, depois disso, guardados como uma espécie de relíquia pela família de Mariano Procópio. E este então mandou-os trazer para também servirem a D. Pedro II. 
Pedro II tinha grande apreço por Mariano Procópio, um dos maiores empreendedores brasileiros daqueles tempos. Chegou inclusive a convidar Mariano para ser seu mordomo, um cargo de grande papel político e do mais alto prestígio naqueles tempos, mas que este último, entretanto, recusou. Homem dinâmico e genial empreendedor que era, Mariano possivelmente viu que teria que abdicar de seus gigantescos e ambiciosos projetos para se dedicar a tal tarefa, o que não lhe deve ter parecido razoável. Entretanto, algum tempo depois, em 1869, M. Procópio aceitaria do Imperador o importantíssimo cargo de diretor da Estrada de Ferro Pedro II, a grande ferrovia nacional, e que ele de fato exerceria até a sua prematura morte, ocorrida em 1872, aos 51 anos de idade.
Porém, outra honraria que o Imperador desejara conceder a M. Procópio, pouco antes de sua 1ª visita a Juiz de Fora, foi um baronato. No entanto, o potencial homenageado também modestamente declinou, dizendo ao soberano que preferiria que tal distinção fosse outorgada a sua mãe, então já viúva, D. Maria José de Santana. O soberano aquiesceu, de modo que, por ocasião de sua viagem a JF – em meados de 1861 –, Pedro II outorgou a esta última o título de Baronesa de Santana.


 

[1] O triunfo de Mariano Procópio, e o título da 1ª Baronesa de Santana; os escravos de Mariano Procópio, e a visita de D. Pedro II à fazenda Fortaleza de Santana (Texto de Luís Pontes, publicado no jornal Voz de São João em 07/05/2022 – reeditado)

Acervo de Maurício Lima Correia
http://ahistoriadepetropolis.blogspot.com.br/2013/06/a-uniao-e-industria-claudionor-souza.html
https://books.google.com.br/books?
https://books.google.com.br/books?   

  Foto Acervo de Maurício Lima Correia
 

1864

Quarto Conselho Municipal ("Quarta Legislatura Da Câmara De Vereadores") De 07/04/ 1864 A 06/04/1868 
Participaram:
1.    Antero José Lage Barbosa, Doutor - Quarto Agente do Executivo e Presidente do Conselho Municipal 
Conselheiros
2.    Marcellino de Assis Tostes, Barão de São Marcelino
3.    José de Souza e Silva Roussin
4.    Francisco Martins Barboza
5.    Altivo Silvino de Lima e Mello, Alferes
6.    Miguel Alves Villela 
7.    Belisário Nobrega Airosa, Tenente Coronel
8.    Francisco de Assis Vieira
9.    Avelino Rodrigues Milagres, Doutor
10.    Vicente Antônio da Silva Oliveira
11.    Ernesto Nogueira Vellasco da Gama:
12.    Anacleto José de Sampaio, Professor,
13.    José Moreira da Rocha
14.    Christovão Rodrigues de Andrade
15.    José Calmon Nogueira Valle da Gama
16.    Joaquim Pedro Teixeira de Carvalho
17.    Ildefonso Justiniano Gonçalves Lage
18.    Francisco de Paula Campos
19.    Henrique Guilherme Fernando Halfeld
20.    Francisco de Paula Lima Júnior
21.    João Bento Nogueira
22.    Sabino de Oliveira Tavares
23.    Domingos Antônio Lage
24.    Antônio Joaquim De Miranda Nogueira da Gama
25.    Leandro Barbosa de Castilhos
26.    João Gomes Loureiro

bau.png

Trecho do livro Baú de Ossos de Pedro Nava

CATEDRAL DE SANTO ANTÔNIO
A primeira capela de Santo Antônio teria existido no Morro da Boiada, em 1741 e uma segunda capela ainda foi construída sobre a demolição da primeira. Em 1812 Antônio Dias Tostes, pediu autorização ao Governo do Império para transferi-la para Estrada Geral (hoje, Avenida Barão do Rio Branco) e em 1844, foi inaugurada. No mesmo local construiu-se o primeiro cemitério da cidade.
Com a emancipação do nosso município, em 31 de maio de 1850, a capela foi transformada na primeira paróquia de Juiz de Fora e batizada em homenagem ao padroeiro da cidade, Santo Antônio, e ficou sendo a única até 1900.
  Em 1864, a capela foi derrubada para a construção de uma Igreja e em 1885 o Cemitério Municipal foi transferido para onde hoje se encontra.

A nova matriz foi inaugurada em 1866, com espaço maior e construída atrás do prédio original. Em 1924, Dom Justino, nosso primeiro bispo, realizou algumas reformas no prédio, como o novo piso, ampliação do presbitério, nova pintura, novo púlpito, altar de mármore, além da reforma do trono e do lustre de cristal.
Na década de 40, Dom Justino lançou a ideia de reformar a matriz, adotando um projeto arquitetônico em estilo gótico. Sem conseguir os recursos necessários para a “Catedral Gótica”, foram construídas a cúpula e as varandas em frente ao relógio, além do aumento das laterais, preservando as antigas torres. As obras iniciaram em 1950 e foi reinaugurada em 1966.
Freckmann, Karl: Arquiteto Alemão remodelou a Catedral de Juiz de Fora.


 

 

 

 

 

CEMITÉRIO MUNICIPAL DE JUIZ DE FORA 
INAUGURADO EM 2 DE NOVEMBRO DE 1864
Desde 1853 a população da vila requisitava a construção de um cemitério, motivada pela falta de espaço que havia surgido em torno da Igreja Matriz, onde há vinte anos se enterravam os cristãos. Esta vontade gerou uma subscrição pública ainda no mesmo ano, com famosas pessoas do local doando dinheiro para a construção. Ainda assim, somente em 1855 a Câmara Municipal começou a cogitar a possibilidade da construção, criando alguns documentos para definição do terreno. Um surto de cólera espalhou-se, e em 1855 chegou à Villa de Santo Antônio do Parahybuna, porém, causando poucas vítimas. Isto alarmou a elite política e econômica da vila, e resultou em pedidos por parte da Comissão de Obras Públicas da Câmara Municipal para priorização da construção de um Cemitério Público distante da população. A pequena quantidade de mortos causada pela epidemia, entretanto, foi usada como justificativa para a estagnação das propostas na Câmara, e a publicação do edital ocorreu apenas oito anos depois, em novembro de 1863. 

Para os membros da Câmara Municipal, influenciados pela medicina social francesa e sua concepção higienista miasmática, a transferência significou um alinhamento com os ideais de progresso e ciência, enquanto que enterrar nas igrejas era um hábito maléfico.
O local escolhido para sua construção foi um terreno bem distante, próximo à Estrada União e Indústria e foi doado pelo tenente-coronel José Ribeiro de Rezende, Barão do Juiz de Fora.

 

 

 

 

 

Fotos de 2005- acervo Luiz Antonio Stephan

Foi inaugurado em 2 de novembro de 1864, dia de finados, foi construído pelo engenheiro Carlos Augusto Gambes que levou cerca de 6 meses para construir uma capela em madeira, efetuar corte de árvores e capina para limpeza do terreno, e conserto no portão do local pelo custo total de 2:930$000. Fotos 
A bênção do terreno e da capela foi realizada pelo vigário Tiago Mendes Ribeiro, que passou 30 anos administrando a Igreja Católica em Juiz de Fora.
Uma sessão da Câmara ordenou a interrupção dos enterros no cemitério do adro da Igreja Matriz, onde eram realizados os sepultamentos desde a emancipação da vila de Santo Antônio do Paraibuna e onde atualmente há um cruzeiro, atrás da Catedral. Entretanto, os enterros na Igreja não cessaram, e somente em 1890, com a promulgação de uma lei secularizadora no Brasil, é que os sepultamentos regulares passaram da Igreja Matriz para o Cemitério Público Vitorino da Silva Braga, administrador do cemitério na época, supervisionou a transferência dos ossos que estavam na Matriz.
Assim, os registros de óbito de 1890 em diante estão na instituição pública, e antes disto desde 1851, quando o primeiro foi criado pelo padre José Cerqueira Leite, em diversas paróquias do município.


EMBATE POLÍTICO RELIGIOSO
“Não admito que sejam inumados no Campo Santo cadáveres que não católicos apostólicos romanos e batizados e encomendados por mim! E a ordem não pode ser verbal. Tem que ser por escrito! “Disse o vigário Tiago Mendes Ribeiro, na cerimônia da bênção do Cemitério Público. 
As guias de sepultamento podiam ser redigidas por qualquer autoridade, mas o administrador do cemitério, antes de autorizar o enterro, precisava verificar se o padre Tiago havia sagrado o corpo ou não com a criação do Regulamento dos Cemitérios Públicos, foi definido que os atestados de óbito deveriam ser realizados por médicos, e, na falta destes, por autoridade civil, policial ou eclesiástica. Apesar desta definição, todos os atestados apresentavam observações do vigário Tiago Mendes abaixo da declaração do médico, devido ao cemitério, neste momento, ainda ser considerado um cemitério católico.
Porém, apesar da mudança do controle do cemitério, que passou da Igreja ao Estado, o padre continuou interferindo constantemente no que fosse relativo à morte: proibia sepultamentos, no Cemitério Público, de suicidas e de não-batizados. Em 1869, por exemplo, o senhor de uma escrava enviou uma petição ao delegado de polícia requerendo autorização para o enterro do filho dela, que nasceu morto e por isto não foi batizado, no Cemitério Público, após ter sido impedido pelo administrador, mas obteve apenas autorização para enterrá-lo no quintal de casa. Os impedimentos passaram a ocorrer cada vez mais frequentemente no Brasil, e isto gerou uma resolução, em 1870, que proibia esta atitude, exigindo reserva de espaço nos cemitérios para enterros de não católicos. 
“Para quem não abjurou suas crenças religiosas, e se preza de ser filho da Igreja catholica, este facto é grava, revela um acinte feito aos catholicos e vae de encontro as determinações da Igreja catholica nas exéquias de seus filhos. Porquanto Ministro algum de qualquer seita dissidente da Igreja catholica pode exercer seu ministério nos lugares consagrados por aquella Igreja. Se o finado, segundo consta-me, não pertencia a Seita Methodista, quem authorizou ao Ministro dessa Seita a invadir o Cemitério catholico, [...] profanando destarte um lugar destinado para o repouzo dos que morrem no grêmio da Igreja católica? ”
— Trecho da petição de 1889 do Vigário Tiago Ribeiro enviada à Câmara, reclamando de um enterro gerenciado por um ministro protestante na parte católica. Em 1875, a Comissão de Obras da Câmara Municipal arrematou a construção de dois novos portões no cemitério, substituindo o portão único de até então: um para os católicos e outro para os protestantes, separando o terreno com dois muros. Posteriormente a mesma divisão foi aplicada no Cemitério de Nossa Senhora da Glória. Isto, porém, não impediu a continuidade das interferências por Tiago Ribeiro. Por exemplo, em 1889, o vigário enviou uma petição para a Câmara onde reclamava que o terreno havia sido profanado, pois um corpo havia sido encomendado na parte católica por um ministro metodista. Nesta ocasião, o administrador do cemitério desde sua inauguração até possivelmente 1889, Vitorino Braga, respondeu que o regulamento exigia apenas autorização por um médico, o que havia sido feito, e que, apesar de poder proibir enterro de metodistas fora do Cemitério dos Pagãos (nome que a parte protestante do cemitério recebeu), não consegue identificar sempre se estes vão rezar apenas ou enterrar
“Quanto a irem lá pessoas encommendar, não posso prohibir; apenas posso prohibir os que são sepultados [...] Na occazião dos enterramentos, entram pessoas bem trajadas, os quais não conheço se são methodistas e nem comprehendo se é encomendação o que lá rezão, pois não vejo ajudante nem água benta e creio que é dado a qualquer pessoa rezar dentro do Cemitério na occazião do enterro. ”
— Trecho da resposta de Vitorino Braga, administrador do cemitério, à petição do vigário.
Este novo problema levou a Câmara Municipal, no mesmo mês, a enviar uma carta para a Assembleia Municipal solicitando a criação de uma lei de secularização dos cemitérios, que surgiu no período da República, com o decreto n. 789 de 27 de novembro de 1890.
“Considerando que na morada dos mortos deve reinar a mais perfeita igualdade e que não só é injusto, mas iníquo, que se puna no morto, a liberdade do pensamento. Considerando a difficuldade que vai haver na conservação dos actuaes cemitérios, e na construção de novos lugares reservados aos protestantes, enterrando-se muitas vezes fóra dos muros e expondo assim o cadáver às profanações e a mutilação dos cães, [...] etc. A Câmara Municipal de Juiz de Fora resolve officiar reclamando da Assembleia Geral uma lei sobre a secularização dos cemitérios. ” — Carta da Câmara Municipal para a Assembleia Provincial, de 1889, solicitando a elaboração de uma lei de secularização dos cemitérios 

Catedral Metropolitana

T´mulo de Bernardo Mascarenhas

Túmulo de Halfeld

Capela, cemitério velho

o publicador.png

1862

Cemitério da Glória

Cemitério Municipal- Entrada principal

1865

Quinto Conselho Municipal ("Quinta Legislatura da Câmara De Vereadores") de 1868 A 1872 
Participaram:
1.    Cristóvão Rodrigues de Andrade, Quinto Agente Executivo E Presidente do Conselho Municipal 
Conselheiros
2.    Avelino Rodrigues Milagres
3.    Romualdo César Monteiro De Miranda

Ribeiro
4.    José Carlos Ferreira Pinto
5.    Francisco Basílio Duque*
6.    Geraldo Augusto De Resende
7.    Manoel Vidal Barbosa Lage
8.    José Bernardino De Barros
9.    Francisco Moreira Da Rocha
10.    João Nogueira Penido
11.    José De Souza E Silva Roussin
12.    Justino Ferreira Carneiro
13.    Manoel De Castro Guimarães
14.    Francisco Ribeiro De Assis
15.    José Ribeiro Mendes
16.    Leandro Barbosa De Castilhos
17.    Marcellino De Brito Pereira De Andrade
18.    Tenente Coronel, Visconde De Monte Mário
19.    José Caetano Rodrigues Horta
20.    Manoel Ferreira Da Silva Velloso

francisco.png

*

Antônio Carlos Ribeiro de Andrada (3º) e João Nogueira Penido 5º); Lair Tostes (quinto em pé); presentes: José Bonifácio de Andrada, Dario de Almeida 

PRIMEIRO PLANEJAMENTO URBANO DE JUIZ DE FORA
Em 1865 foi iniciado o primeiro planejamento urbano da cidade, ficando a cargo do engenheiro Gustavo Dolt com o alinhamento e nivelamento das ruas, na demarcação de praças e logradouros públicos e na previsão do futuro traçado da sua parte central.

1869

CERVEJARIA GERMÂNIA
Foi fundada em 1867, pelo sr. Augusto Kremer, e por morte do fundador, continuou a sua viúva, amparada por bons auxiliares, a dirigir o estabelecimento, sempre em crescente desenvolvimento. Em 1906, foram feitas instalações completas de câmaras frigoríficas, das mais modernas; e posteriormente, foram montados quatro grandes tonéis, com capacidade para 15 a 22.000 garrafas cada um.
O processo da fabricação da cerveja era dividido por 6 seções e é feito de acordo com os melhores métodos. Estas seções ocupam-se respectivamente: da moagem da cevada, fabricação e cozimento, resfriamento, fermentação e decantação, engarrafamento e pasteurização e embalagem.
As máquinas são acionadas por dois motores, um elétrico de 30 cavalos e outro a vapor, tipo R. Wolf, de 28 cavalos. Há também um laboratório para o exame da matéria-prima e uma carpintaria para a fabricação de caixas. A produção é de 800.000 litros de cerveja, que atualmente é, toda ela, vendida no estado. Emprega a cervejaria 32 operários. O gerente técnico é o sr. Carlos Hugo Becker, que está no Brasil há 5 anos. Antes de vir para este país, tinha o sr. Becker trabalhado em diversas cervejarias da Alemanha. O guarda-livros é o sr. Bento Botelho Caldas. A empresa passou a se denominar Viúva Kremer de Castro e conquistou vários prêmios, em diversas exposições.

cer.jpg

Cervejaria Germânia

D. PEDRO II VISITA MARIANO PROCÓPIO EM JUIZ DE FORA 
Em uma quarta-feira, 23 de junho de 1869, o Imperador D. Pedro II, sua esposa, a Imperatriz D. Teresa Cristina e um de seus genros, o Duque Augusto de Saxe, chegaram à casa de Mariano Procópio Ferreira Lage, nas proximidades de Juiz de Fora, e foram por estes hospedados em seu famoso palacete, ou castelinho, que hoje abriga o museu com o mesmo nome do comendador. Era aniversário de 48 anos de Mariano. 
No dia seguinte, os ilustres visitantes prestigiariam a inauguração da escola agrícola, bem como a feira e a exposição promovidas por essa mesma companhia.
Segundo o jornal Diário do Rio de Janeiro (em 30/06/1869), ainda naquele mesmo dia 24, “à tarde, 4 ½ horas, assistiram Suas Majestades a uma corrida de cavalos.
“Encaminharam-se depois à cidade [de Juiz de Fora, que ficava a cerca de três quilômetros ao sul da quinta de Mariano], onde visitaram edifícios públicos.
De volta, foram ver a magnífica iluminação da escola agrícola, que produzia o mais agradável efeito, observada a certa distância.
Honraram depois com as suas augustas presenças um concerto [de piano] dado pelo Sr. Sydow e três filhos seus no hotel União [situado nas proximidades de onde é hoje o Colégio Santa Catarina, no Bairro Mariano Procópio em Juiz de Fora]. (…)
No dia [seguinte, sexta-feira] 25, Suas Majestades Imperiais foram examinar os trabalhos feitos nos terrenos anexos à escola agrícola. (…) Foto  
Poucos minutos faltavam para meio-dia, quando Suas Majestades e Alteza, e algumas das pessoas que até então haviam tido a honra de acompanhá-las, partiram para a fazenda da Fortaleza de Sant´Ana, propriedade da Sra. baronesa de Sant´Ana [e mãe de Mariano Procópio].
O espaço percorrido até as 4 horas da tarde excede de 6 léguas [ou 36 quilômetros]. A estrada onde se transita, pode considerar-se um dos bons caminhos que existem no país.
A estrada é um ramal da União e Indústria; vai ter a Rio Novo a duas léguas [ou 12 km] além da Fortaleza de Sant´Ana [trecho final este que ainda não estava pavimentado]. A sua largura excede de 22 palmos, é empedrada em quase toda a sua extensão, os declives são suaves, as curvas bem aproveitadas.
À entrada da [fazenda] Fortaleza, salvou a presença dos augustos viajantes uma bateria, não de canhões, mas de brocas abertas na rocha.
A Fortaleza de Sant´Ana é uma fazenda normal pelo sistema de cultura – o arado e a estrumação –, pelo maquinismo aplicado ao preparo do café, pelo tratamento essencialmente filantrópico e moralizador dos trabalhadores, isto é, dos escravos.
A fazenda, cuja área é talvez de duas léguas quadradas, pode se dizer, em grande parte, um grande jardim ou pomar. Por toda a parte veem-se árvores frutíferas de muitas espécies, quase todas em plena produção e todas franqueadas ao consumo dos operários ”.
Mariano Procópio, era proprietário de escravizados. Como seria possível, que ele conciliasse tanta “modernidade” em seus projetos econômicos, tecnológicos e sociais, com uma prática tão desumana e antiquada quanto a escravidão.
A rodovia União e Indústria teria sido inteiramente feita com mão-de-obra livre, devido a uma suposta cláusula contratual impedindo que, na sua respectiva construção, se utilizasse trabalho servil. Essa ideia chegou a ser defendida por alguns pesquisadores de renome, como Wilson de Lima Bastos, porém não se sustenta, até porque, até onde sabemos, a referida cláusula, na verdade, nunca existiu.
O novo ramal construído pela União e Indústria teoricamente fosse de Juiz de Fora a Rio Novo, na prática, entretanto, ele se estendia da casa de Mariano perto de JF até a fazenda de sua respectiva mãe, a Fortaleza de Santana, conforme, aliás, já havíamos dito antes nesses escritos. Não obstante, nos meses e no ano seguinte àquela visita imperial, a localidade de Rio Novo, mesmo sem ter pavimentado um metro sequer de estrada entre si mesma e a fazenda Fortaleza de Santana, usaria esse novo ramal da União e Indústria (ou, melhor dizendo, um pedaço dele, e o mais distante de si própria) como um “cavalo-de-batalha” na sua bem-sucedida campanha de emancipação política em relação a São João Nepomuceno, a qual, por sua vez, se reduziria à condição de um novo distrito rio-novense. 

Entrada da  Fazenda  Fortaleza de Santana

1870

PRIMEIRO LUGAR EM IMPOSTOS
Juiz de Fora em 1870 colocava- se em primeiro lugar na contribuição para os cofres de Minas Gerais Nessa época a cidade possuía muitas fazendas mais de 170 estabelecimentos comerciais e de serviços: 107 casas de negócios, 13 mascates, oito hotéis, cinco farmácias, quatro mascates de joias três relojoeiros, dois carniceiros, dois alfaiates, dois barbeiros, duas padarias, dois cambistas, uma casa de lavar chapéus, um livreiro.
1872

1872

SOCIEDADE ALEMÃ DE SOCORROS MÚTUOS
16/05/1872 - Era fundada a Sociedade Alemã de Socorros Mútuos, tendo como presidente o Sr. Augusto Kremer, a qual mudou posteriormente sua denominação para Sociedade Alemã de Beneficência.

Foto Acervo da Fundação Getulio Varga

1873

Sexto Conselho Municipal ("Sexta Legislatura da Câmara de Vereadores") De 1873 E 1876  
Participaram:
1.    Domingos Nery Ribeiro, Agente Executivo e Presidente do Conselho Municipal entre 1873 E 1876   
Conselheiros
1.    Joaquim Pedro Teixeira de Carvalho
2.    Joaquim Fernandes de Miranda
3.    Ildefonso Justiniano Gonçalves Lage
4.    José Manoel Pacheco
5.    Felismino Corrêa de Mendonça
6.    Eduardo Teixeira de Carvalho Hungria:
7.    Francisco de Paula Campos
8.    Joaquim José Alvares dos Santos Silva
9.    Romualdo César Monteiro de Miranda Ribeiro
10.    João Ribeiro Mendes
11.    José Maria de Cerqueira Valle - Barão de Santa Mafalda
12.    Manoel Ferreira da Silva Velloso
13.    José de Souza e Silva Roussin
14.    Ignácio Ernesto Nogueira da Gama
15.    José Caetano de Morais e Castro
16.    José Corrêa e Castro
17.    Agostinho Corrêa.
18.    Marcellino de Assis Tostes
19.    Justino Ferreira Carneiro
20.    Joaquim de Almeida Povoas
21.    Leandro Barbosa de Castilhos

 

FAZENDA SALVATERRA
Criada em 1873 é localizada no bairro de mesmo nome, era uma acolhedora estância de repouso porque, descobriu-se no local uma fonte de sais de tório, considerada benéfica para a saúde. Salvaterra acabou marcando época na vida social de Juiz de Fora. O fim do ciclo do café e da escravatura levaram-na ao quase abandono na década de 50.  Atualmente, reestruturada por Monica Veloso é uma empresa produtiva da produção orgânica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

Ao ilustre Presidente e Grande Mineiro Exmo. Senhor Doutor Olegário Maciel, como lembrança de vossa passagem pela Fazenda Salvaterra. Os seus Proprietários vos oferecem essa Fotografia Juiz de Fora em 07 de abril de 1933 Amália Campos Fonte Arquivo Público Mineiro

1875

ESTRADA DE FERRO 
A primeira estação de trens de Juiz de Fora foi inaugurada em 1875, ali chegavam trens de passageiros da Ferrovia Pedro Segundo, depois, Rede Ferroviária Central do Brasil. Bem ao lado em 1884 foi inaugurada a estação Estrada de Ferro Leopoldina, de onde saíam os trens para São Geraldo, na linha de Caratinga dessa ferrovia.
O comércio, então, no final do século XIX se colocava ao entorno desse complexo ferroviário, praça da estação, Rua Paulo de Frontin, e daí começou sua expansão para o formato atual. 

Em 1996 circulou em Juiz de Fora, pela última vez, um trem de passageiros chamado Xangai. 


PRAÇA DR. JOÃO PENIDO
É um centro histórico importante de Juiz de Fora e recebeu este nome em homenagem a um médico e político de renome no século XIX
Surgiu com a construção da estação da Estrada de Ferro Dom Pedro II, em 1875 e fica localizada na parte baixa da Rua Halfeld, nas proximidades do Rio Paraibuna-Prédio da Estação da RFFSA.


HISTÓRIA DA LINHA CENTRAL DA E. F. DOM PEDRO II
Primeira linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889 passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais, atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali construída foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém, havia mudança de bitola, de 1 m 60 para métrica, na estação de Conselheiro Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio. Entre Japeri e Barra Mansa havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente, entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996, restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira ainda existe... para trens cargueiros

 

estaçao 1.jpg

Estação ferroviária - data não definida  1

estação 3.png

Armazéns da RFFSA - Av. Francisco Bernardino 2

Prédio da Estação da RFFSA 3

A SOCIEDADE DE BELAS ARTES ANTONIO PARREIRA FOI FUNDADA EM 1941 E FUNCIONA NO PRÉDIO DA ESTAÇÃO

 

MUSEU FERROVIÁRIO DE JUIZ DE FORA

Instalado na sede da antiga Estrada de Ferro Leopoldina, foi inaugurado em agosto de 2003, depois de um processo de revitalização e modernização daquele espaço, coordenado pela Prefeitura de Juiz de Fora/FUNALFA e pela Rede Ferroviária Federal S.A. 
O Museu é administrado FUNALFA, e seu acervo e a edificação são tombados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico – IEPHA, sendo a edificação preservada também pela municipalidade,

O acervo do Museu Ferroviário, disposto em vitrines, painéis e ambientes cenográficos, é constituído por 400 peças, incluindo mobiliário, instrumentos de trabalho e de comunicação, livros técnicos, fotografias, equipamentos científicos, louças, miniaturas. Possui, na área externa, duas locomotivas a vapor originais. Este patrimônio cultural aborda as origens e a evolução da ferrovia, bem como seu impacto nos aspectos sociais e econômicos a partir do século XIX, no Brasil e em Juiz de Fora. As peças são dispostas em cinco salas temáticas: História da Ferrovia, Agência de Estação, Sinalização e Via Permanente, Escritórios Ferroviários e Material Rodante e Aspectos Tecnológicos. 
Além do rico acervo o Museu Ferroviário oferece para a

comunidade a Estação Arte - composta de dois espaços

privilegiados, Anfiteatro e Sala de Multimeios, para

atender a demanda de grupos que necessitam de um

local para expressão artística, lazer e entretenimento

cultural. 
Na Estação Arte acontecem oficinas de dança e yoga,

o projeto Cinema na Estação e encontros culturais,

que completam a programação do Museu Ferroviário,

adequado aos modernos conceitos museológicos. 
Anfiteatro: dispõe de auditório com 75 lugares, palco

com piso de tábua corrida, 10 refletores, dois camarins, s

ala de projeção com amplificador de som, vídeo cassete,

DVD e Datashow. Tem acesso a dois banheiros sociais,

sendo indicado para a apresentação de grupos teatrais,

música, projeção de filmes, palestras, etc. 

Locomotiva n° 7 "Duquesa", fabricada pela Decauville Ainé, Nowawe em 1913 e reconstruída por ferroviários biquenses

2  3  - Foto do acervo de Luiz Antonio Stephan

http://www.estacoesferroviarias.com.br/efcb_mg_linhacentro/marprocopio.htm

  
 

1876

ESTAÇÃO DE MARIANO PROCÓPIO (ANTIGA RIO NOVO)
O nome atual (a partir de 1915) é uma homenagem ao   Comendador Mariano Procópio Ferreira Lage, diretor da E. F. Dom Pedro II nos anos 1870 e construtor da estrada União e Indústria, que ligava Petrópolis a Juiz de Fora, em 1861.
Essa estação foi construída em terras do Comendador, mas, já nos idos de 1920, a quinta se encontrava em ruínas e a propriedade pertencia ao Exército. 
A estação funcionou até o final do trem Xangai, em 1996, que ligava Matias Barbosa a Benfica, último remanescente dos trens de passageiros que faziam as viagens por toda a Linha do Centro nos áureos tempos.
Em janeiro de 2004, os pilares metálicos da cobertura da antiga plataforma da estação de passageiros caíram junto com a cobertura, provavelmente por velhice, falta de manutenção e vibração causada pelos trens que passam por ali. Procópio Funciona o Centro Cultural Dnar Rocha.Logo depois a cobertura e os pilares foram arrancados a maçarico.
No dia 14 de maio de 2009, o prédio da estação e mais três prédios no pátio junto a ela foram cedidos pela União à Prefeitura de Juiz de Fora, que os transformou em um centro cultural.​​

 

 

 

 

 

 

 

 


LITORINA
As Litorinas são automotrizes movidas a diesel que operavam com um só carro e foi utilizada nas ferrovias nacionais da Central do Brasil e Mogiana, principalmente, eram da marca Budd RDC (Rail Diesel Car. As litorinas chegaram no Brasil entre 1958 e 1966. 

Fotosuiz Antônio stephan  

 

SÉTIMA LEGISLATURA DA CÂMARA DE VEREADORES DE 1877 A 1880  
Participaram:
1.    Romualdo César Monteiro Miranda Ribeiro, Agente Executivo e Presidente do Conselho Municipal 
Conselheiros
Christovão Rodrigues de Andrade, Doutor:
2.    Francisco de Paula Lima, Capitão, Comendador,
3.    Antônio Amálio Halfeld:
4.    Joaquim de Almeida Povoas
5.    Manoel Ferreira da Silva Velloso
6.    Leandro Barbosa de Castilhos
7.    Germano Antônio Monteiro da Silva
8.    João Nogueira Penido
9.    Marcellino de Brito Pereira de Andrade
10.    Modesto Camillo de Campos
11.    João Ribeiro Mendes
12.    Justino Ferreira Carneiro
13.    Marcellino de Assis Tostes
14.    Gervásio Monteiro da Silva
15.    Pedro José Henriques

A Rua Halfeld é o coração da cidade de Juiz de Fora, o centro simbólico das atividades empresariais e onde acontecem as principais manifestações culturais e políticas da cidade. É uma linha reta que liga o pé do Morro do Cristo ao Rio Paraibuna e, bem no meio, o Calçadão. Já em 1878 era macadamizada, mão única em 1884 e a luz elétrica foi instalada em 1889 substituindo os lampiões.
No princípio do século XX, o comércio se concentrava na praça da estação e nessa rua predominava as casas de dois andares, com sacadas para o exterior onde os moradores apreciavam os acontecimentos, mas, a partir da década de 30 surgem os prédios construídos com a arquitetura mais voltada para seu interior. 
Nas décadas de 60 e 70 as instituições bancárias tomam conta da rua no trecho entre a Avenida Barão do Rio Branco e a Avenida Getúlio Vargas e o comércio se desenvolve ali e nas ruas adjacentes. Imagem 
Em 1987 foi construído o Calçadão dando um estilo mais contemporâneo a esse logradouro.
Rua Halfeld é o centro do centro de Juiz de Fora. 


COMO DIZIA GABRIEL GONÇALVES DA SILVA (BIE): “JUIZ DE FORA TEM A MELHOR RUA HALFELD DO MUNDO”

 

PALÁCIO BARBOSA LIMA
A Atual sede da Câmara dos Vereadores foi construída em 1876. O Juiz de Direito Joaquim Barbosa Lima liderou uma campanha que arrecadou 60 contos de réis, o que foi suficiente para construir o prédio em que funcionaria a Câmara e o Judiciário. No andar inferior funcionavam os cartórios, coletoria estadual e outras repartições públicas municipais e acima, o tribunal do júri e a Câmara. A Inauguração aconteceu em 20 de março de 1878 com a ilustre presença do Imperador D. Pedro II. Na ocasião foi oferecido um laudo banquete. 


IGREJA DE SÃO SEBASTIÃO
Foi inaugurada no mesmo dia do Palácio Barbosa Lima, 20

de março de 1878. Foi construída por iniciativa de João

Ribeiro Mendes, num terreno cedido por Henrique Halfeld,

medindo, 50 palmos. 

Acervo: Elton Belo Reis

Foto do acervo de Luiz Antonio Stephan
Foto do acervo de Mauricio Lima Correia

 

[1] Foto do acervo de Luiz Antonio Stephan

[1] Foto do acervo de Mauricio Lima Correia

Estação de Mariano Procópio 

Litorina

1877

1878

rua halfeld.jpg

Palácio Barbosa Lima

Rua Halfeld Década de 1930

bottom of page