(Almanaque)História de Juiz de Fora
Arte : Luiz Antonio Stephan
Site de
Luiz Antônio Stephan
pesquisador- Historiador - Memorialista
E
HISTÓRIA CULTURA
Visitantes
TRADUTOR
+ SOBRE O AUTOR
CLIQUE NA IMAGEM
VISITE NOSSO
CLIQUE E LEIA
lacstephan@yahoo.com.br Zap 55 32 9 8495 8118
José Carlos de Lery Guimarães
Pedro Nava
Amigo Cachorro
Belmiro Braga
Belmiro Braga
Hegel Pontes
Cleonice Rainho
"Xeque" tu diz à vida
E julgas, homem, ser forte
Mas no final da partida
Xeque mate" diz a morte
Hegel Pontes
OS HOMENS CONSTROEM AS CIDADES
ULTIMO SUSPIRO
MELHOR AMIGO
RAPSÓDIA
(Roberto Medeiros)
Ao poeta José Antonio Jacob
Com minha alma transbordando
De ansiedade e ternura,
Como a luz fui penetrando
Pelas frinchas da moldura
Daquele reino de opala,
Nesta aquarela chinesa,
Onde devia encontrá-la
Desperdiçando beleza! ...
O sol redondilhando o chão
Abria leques nas sombras
Diluindo a escuridão
Preguiçosa nas alfombras...
Raios de luz qual palhetas
Neste painel que deslumbra,
Projetavam silhuetas
Afugentando a penumbra! ...
Envolta em fluída neblina
Que revestia as veredas,
Minha alma ouvia em surdina,
Como sussurros de sedas,
A sinfonia dos ventos,
Os acordes das aragens
Perfumando estes momentos
Com a romã das folhagens! ...
Coloridos matinais,
Gorjeios e murmurinhos,
Doces notas musicais
Da orquestra de passarinhos,
Naquele sonoro estúdio,
Enternecido eu ouvia,
Suavíssimo prelúdio
Em homenagem ao dia! ...
Vi o bailado das folhas
Que em provocantes acintes
E caprichosas escolhas
Sofisticavam requintes,
Como se fossem ciganas
Rodopiavam felizes
E teciam filigranas
No arabesco das raízes...
Formando um leito de plumas
Coberto por nuvens brandas,
Tecido em fio de espumas,
Debruado por guirlandas...
Macia alcova de fada
Feita por anjos travessos,
Para as delícias da amada,
Com lascivos adereços...
Carpindo loas aflitas
Em redondilhas sonoras,
Pensavam cousas não ditas
Na amarga fuga das horas,
À espera que ela surgisse
Aplacando os meus desejos,
Com sua graça e meiguice,
Com seus carinhos e beijos! ...
Na deslumbrante aquarela
Por mãos divinas pintada,
Ela surgiu bem mais bela
Que as nuances da alvorada,
Vaporizando os martírios
Destas horas tão ansiosas,
Com a fragrância dos lírios,
Com o perfume das rosas! ...
Era a manhã que nascia
Gêmea da própria manhã
Que invejosa se escondia
Ante a beleza da irmã...
Era um poema de luz
Refletindo em rosicler,
Um sorriso que seduz,
Os encantos da mulher! ...
No murmúrio de quem ousa
Partilhar as reticências,
Seu olhar no meu repousa
Pejado de confidências...
Lindas mensagens cifradas,
Resumo de nossas vidas:
Perguntas não formuladas,
Respostas não proferidas! ...
Inesquecíveis segundos
Que nos valeram por anos
Cristalizando profundos,
Nossos anseios humanos
Que o tempo nunca desmente
Embora passe veloz,
Testemunhando silente
O que existiu entre nós...
Enquanto a manhã vibrava
Na adolescência do dia,
A noite em minha alma escrava
Soturnamente descia
Na porcelana do ocaso
Do meu sonho interior,
Que contrafeito extravaso
Em pesadelos de dor...
Porque vejo com tristeza,
Maculando esta obra-prima,
Serem mais que a natureza
E o próprio amor que sublima,
Que preconceitos e normas
Que a praxe determinou
Na indumentária das formas
Que a mente humana criou! ...
E a natureza se acalma,
Presságio de despedida,
Eclipse na minha alma,
Pôr-do-sol de minha vida...
Adeus meu reino de opala,
Berço de instantes risonhos,
Adeus derradeira escala,
Campo sonho dos meus sonhos! ...
Nos deslises de quem ama,
Quando o jogo estava empate
Quis conquistar uma dama
e levei um xeque mate...
Hegel Pontes
No xadrez, jogo profundo
Respondo lance por lance
Mas, em seus lances, ó mundo
Nunca me deu igual chance
Roberto Medeiros
O sucesso do xadrez,
É similar ao da vida
Sempre influi o que se fez
No começo da partida
Sinval E. da Cruz
O xadrez repete a vida
Em sucessivas lições
Quando a nobreza é atingida
Sacrificam-se os peões
Sinval E. da Cruz
Quando levo cheque- mate
Meu pesar não é profundo
O que de fato me abate
É levar cheque sem fundo Sinval E. da Cruz
Ao fitá-la eu desejei
Como enxadrista atrevido
Fazer jogadas de Rei,
No xadrez de seu vestido
Hegel Pontes
Que se ganha na partida,
Se a morte nunca dá chance
Ganha-se o tempo de vida
Que transcorre em cada lance
Jose Carlos de Lery Guimarães
Sobre nós, mão invisíveis
De um enxadrista Profundo
Fazem jogadas incríveis
No imenso xadrez do mundo
Hegel Pontes
Suporto com altivez
Os reverses da partida
-Somos peças de xadrez
No tabuleiro da Vida
Roberto Medeiros