(Almanaque)História de Juiz de Fora
Graphisme : Luiz Antonio Stephan
Site de
Luiz Antonio Stephan
chercheur - Historien - Mémorialiste
&
HISTÓRIA CULTURA



visiteurs
UN TRADUCTEUR
+ SOBRE O AUTOR
CLIQUE NA IMAGEM
VISITE NOSSO
Livre électronique gratuit
cliquez sur l'image
lacstephan@yahoo.com.br 55 32 9 8495 8118
PÁGINA 6
CAPÍTULO V
SÉCULO XX
A DE 1900 A 1930
1901
HOME
Décimo Quarto Conselho Municipal ("Décima Quarta Legislatura da Câmara de Vereadores") Entre 1901 A 1904
Participaram:
1. João D’ávila, Agente Executivo e Presidente do Conselho Municipal
Conselheiros
2. Antônio Amálio Halfeld
3. Antônio Carlos Ribeiro De Andrade, PRM,
4. Francisco Cândido da Gama Júnior
5. Joaquim Canuto de Figueiredo
6. Antônio Pinto de Monteiro
7. José Rangel
8. Armando Ribeiro de Castro
9. Augusto Vieira Lima de Albuquerque
10. Emílio Esteves dos Reis
11. Raul Penido
12. Cândido Pedro de Mello
13. José Procópio Teixeira
14. Antônio Ferreira Monteiro da Silva
15. Francisco Rodrigues de Almeida Novaes
16. Joaquim Antônio Monteiro da Silva
17. Luiz de Sousa Brandão, Doutor
18. Belmiro Braga:
19. Militão Honório Rodrigues
20. Francisco Ribeiro de Assis Rezende
21. Elói Praxedes Braga
22. Libânio da Rocha Vaz
23. João Ferreira de Assis Fonseca
24. Belizário Augusto de Oliveira Penna, ex Barão e Visconde de Carandaí
25. Antônio Bernardino Monteiro de Barros
26. José Cesário Monteiro da Silva
27. Tancredo Nery Ribeiro
COLÉGIO SANTA CATARINA
Em fevereiro de 1900, a pedido do Cônsul alemão George Grande, as Irmãs de Santa Catarina, Crescência e Augusta, chegaram a Juiz de Fora para se dedicarem à instrução e educação de crianças da Colônia Alemã. Em agosto do mesmo ano, chegou da Alemanha Irmã Hildegardis para auxiliar as duas pioneiras.
Após trabalharem durante alguns anos em algumas salas e salões cedidos, com muitas dificuldades as Irmãs adquiriram um terreno no Morro da Gratidão, hoje Morro da Glória, iniciando a construção do Colégio, inaugurado em 1909. No período de 1914 a 1917, as Irmãs alemãs muito sofreram com a guerra. Fanáticos atacaram e destruíram lojas e fábricas cujos proprietários eram alemães. Em 1922, a construção foi ampliada, formando simetria com a existente. Em 1928, foi oficializado o Curso Comercial e em 1930 o curso de Magistério.


Colégio Santa Catarina
1902
. Antiga Capela do Colégio Stella Matutina em fevereiro de 1986. Construção de 1926 foi demolida em 1986, atualmente no local encontra-se um prédio empresarial e um Banco (Avenida Presidente Itamar Franco
COLÉGIO STELA MATTUTINA
Em 08 de setembro de 1902 foi fundado o Colégio Stella Mattutina.
Começou suas atividades num prédio antigo sobrado branco em frente a Santa Casa, com aulas diversas além de trabalhos manuais e estudos de Música. As Irmãs Missionárias Servas do Espírito santo foram as fundadoras.
A ordem religiosa surgiu no bojo de um sonho do missionário Arnaldo Jansen fundador da Ordem Religiosa do Verbo Divino, as freiras fundaram a ordem em STEYL no território da Holanda. Suas fundadoras foram Madre Maria Helena Stollenwerk nascida em 28 de novembro de 1852 na Aldeia de Eifel uma região de colinas na Renânia do Norte-Alemanha e a Madre Josefa - Hendrina Stenmanns nascida em Issum região de Düsseldof.
Colaboração de Nilo Sergio Frank
Fotos do Blog Mauricio Resgatando o Passado). Fotografia Márcio Assis- Acervo Valeria Neves De Freitas Oliveira
1904
SINDICATO DOS EMPREGADOS DO COMÉRCIO DE JUIZ DE FORA
Foi em meio a um contexto histórico em que não existiam leis trabalhistas e previdenciárias, que um grupo numeroso de comerciários fundou no dia 17 de abril de 1904, a Associação dos Empregados no Comércio de Juiz de Fora (AEC), entidade que já nasceu defendendo uma importante reivindicação social: o fechamento dos estabelecimentos comerciais locais aos domingos. A AEC enviou um abaixo-assinado e um requerimento à Câmara Municipal, que redundou na Resolução nº 511 de 18 de fevereiro de 1908, que “proíbe a abertura de portas das casas comerciais aos domingos”.
Seu primeiro presidente foi Alfredo de Sousa Bastos.
A AEC inicia seu processo de consolidação, em 1916, quando compra um terreno na rua Barão de São João Nepomuceno, obtém seu registro cartorial em 1919 e conquista novas resoluções; limitando a jornada de trabalhado dos comerciários. Neste mesmo período, os comerciários obtiveram outras duas importantes conquistas: o fechamento das casas comerciais às 12 :00 horas nos dias de feriados nacionais e as restrições fiscais ao funcionamento das mesmas, de segunda a sábado, após às 19 :00 horas. Nas greves, a primeira realizada em janeiro de 1920, que resultou na conquista da jornada de trabalhado de 08 horas diárias, o apoio da AEC foi decisivo: atuou como mediadora entre grevistas e o patronato local.
A partir do início da década de 1920, a Associação passou a congregar não apenas os trabalhadores dos diversos estabelecimentos comerciais, lojas, cinemas, armazéns, farmácias, bares, hotéis, açougues, padarias e etc. como também os funcionários dos bancos e escritórios contábeis da cidade. Em janeiro de 1927, estava instalada no sobrado de nº 2261 da Avenida Barão do Rio Branco e empenhou-se mais uma vez na campanha para reduzir a jornada de trabalhado dos comerciários juiz-foranos. A construção e inauguração do Prédio e ampliação dos serviços prestados a seus associados efetivou-se durante as décadas de 1910 e 1920. Teve na beneficência e na assistência (médica, farmacêutica e odontológica) e nas atividades culturais e recreativas (biblioteca, aulas noturnas, bailes e concurso de beleza) suas principais atividades regulares. Neste sentido, a construção e inauguração de sua sede social, obra realizada pela gestão 1928/1929, presidida por João Dario Pereira de Alencar, permitiu a AEC tanto ampliar os importantes serviços que prestava a seus associados, quanto aumentar sua influência no cenário político e social da cidade.
Com a criação do Ministério do Trabalho, no final de 1930, a decretação de uma lei de sindicalização, em 1931, e de um significativo conjunto de leis trabalhistas no ano seguinte, os dirigentes da AEC optaram por registrá-la junto aquele órgão estatal, vendo, em tal medida, a possibilidade de aumentar o quadro de associados e reforçar a influência da entidade junto aos órgãos públicos e demais setores sociais da cidade. Foi o que de fato ocorreu, sobretudo a partir da eleição de seu presidente, Alberto Surek, para deputado classista à Assembleia Constituinte de 1934.
O papel que desempenha o Sindicato dos Empregados no Comércio como elemento agregador é de grande importância, já que vivemos um momento em que o mundo assiste à desagregação das nações, das famílias e do próprio indivíduo, pelo total desrespeito aos valores de cada povo, de cada grupo, de cada pessoa. É importante que o trabalho do Sindicato seja trazido ao conhecimento de toda a sua categoria e da sociedade, para que todos tenham conhecimento da seriedade e competência que vem norteando seu trabalho ao longo dos anos, sempre no sentindo da inclusão do trabalhador do comércio no mercado de trabalho, lutando para trazer a ele dignidade necessária para a realização profissional.
Em 2021 a diretoria é composta por: Presidente Silas Batista da Silva; Vice-presidente Wagner França; 1º Secretário Mario Bruck Filho; 2º Secretário Wilson Maciel Ferreira; 1º Tesoureiro Moyses da Silva Honorato; Diretor Social Maria Aparecida Rodrigues C. Cunha.
BONDES ELÉTRICOS
A C.M.E. Foi responsável pela implementação dos bondes elétricos na cidade em 1904 após adquirir a Companhia Ferrocarril de Bondes de Juiz de Fora que tinha sido implantada em 1881, com tração animal.
O empreendimento foi tão bem-sucedido que, na década de 1930, a C.M.E. já fabricava seus próprios bondes. A partir de 1954, no entanto, o serviço foi assumido pelo Departamento Autônomo de Bondes.
ALGUMAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO QUE EXISTIRAM EM JUIZ DE FORA:
COLÉGIO SÃO JOSÉ (APARENTEMENTE NÃO É O MESMO DO VIANA JUNIOR) FOI FUNDADO EM JANEIRO DE 1904 PELO DR. JOSÉ ELOY DE ARAÚJO, OFERECIA TRÊS CURSOS: O PRIMÁRIO, O PREPARATÓRIO E O DE COMÉRCIO (ESTE ÚLTIMO PODENDO SER FREQUENTADO SOMENTE POR RAPAZES). LOCALIZAVA-SE à RUA SANTO ANTÔNIO E DEIXAVA CLARO QUE EM SEU RECINTO NÃO HAVIA CASTIGOS FÍSICOS.
OUTROS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO SE DEDICAM A EDUCAÇÃO FEMININA. SÃO ELAS: COLÉGIO SCHMIDT, COLÉGIO BRAGA, COLÉGIO ALVARENGA, COLÉGIO IRMÃS DE SIÃO.
OUTROS- COLÉGIO HUNGRIA, COLÉGIO SANT’ANNA, COLÉGIO N. S. DA PIEDADE
1905


Silas Batista
17° governo: 1905 a 1907,
16º Conselho Municipal Entre 1905 A 1907
1. Agente Executivo e Presidente do Conselho Municipal, Duarte de Abreu
2. Antônio Bernardino Monteiro de Barros
3. João Ferreira de Assis Fonseca
4. José Joaquim Monteiro de Andrade
5. Elói Praxedes Braga
6. Tancredo Nery Ribeiro
7. Theodorico Ribeiro de Assis, Coronel
8. José Manoel Pacheco
9. Antônio Maximiano de Oliveira
10. Amanajós Alcântara de Araújo
11. Luiz de Sousa Brandão
12. Oscar Vidal Barbosa Lage
13. José Cesário Monteiro da Silva
14. Henrique José de Souza
15. Albino Machado, Coronel
16. Dilermando Martins da Costa Cruz
17. Victor Garcia
18. Francisco Augusto Pinto de Moura
19. Joaquim Eloy dos Santos Andrada
20. Antero Duarte
21. Antônio Corrêa de Lima
22. Emerenciano Pereira de Almeida
23. Josué Leite Ribeiro
24. José Pedro de Mello
25. Francisco Ribeiro de Assis Rezende
26. José Marianno Pinto Monteiro
1906
MORRO DO CRISTO
O monumento em homenagem ao Cristo Redentor de Juiz de Fora foi inaugurado em 08/07/1906, sendo considerado o primeiro da América do Sul. Foi idealizado por Francisco Baptista de Oliveira e construído pela Companhia Pantaleone Arcuri e Spinelli. Tem 25 metros de altura e a imagem, de 3,75 metros de altura foi produzida pela Maison Raffe, de Paris.
Foi construída no Morro do Cristo cujo nome oficial é Morro do Redentor, uma formação rochosa que domina a paisagem central da cidade e que foi chamado, também, de Morro da Liberdade e Morro do Imperador quando D. Pedro II subiu suas encostas para apreciar a vista da cidade em 1861. Está a 930 m de altitude, e é um dos pontos mais altos da cidade sendo uma das mais belas vistas da cidade. O monumento ao Cristo Redentor foi tombado em 24 de maio de 1990 pelo decreto n° 4312/90.
O mirante foi inaugurado em 31 de março de 1970, pelo então prefeito de Juiz de Fora Itamar Franco e recebeu o nome de Salles de Oliveira
Ao seu entorno estão instaladas diversas antenas de comunicação, entre elas a torre da TV Industrial, inaugurada em 1964, que é um marco da comunicação em Juiz de Fora.
FÁBRICA DE SACOS DE ANIAGEM DO DR. LUIZ DE SOUZA BRANDÃO
Esta fábrica, situada à Rua Silva Jardim, 2, Juiz de Fora,
fundada em 1907, pelo dr. Luiz de Souza Brandão
(embalagem para o café produzido na região). Ocupa uma
área de 63 por 27 metros, a qual está sendo aumentada
para instalação de máquinas de fiação para produção de
fio necessário à fabricação de sacos de juta. O terreno,
onde está situado o estabelecimento, tem a área total de
6.000 metros quadrados e tem atualmente 35 teares,
número esse que em breve será elevado. O fio,
presentemente, lhes é enviado da Inglaterra pelos seus
agentes Moore Weinberg, de Dundee; mas em breve a
fábrica importará unicamente a matéria-prima - juta - e
produzirá o fio para o seu consumo. Imagem
O maquinismo é todo ele inglês e acionado por um motor elétrico de 40 cavalos; também essa força será elevada a 100 cavalos. Há ainda um motor a vapor de 45 cavalos. Trabalham na fábrica, entre homens, mulheres e crianças, 150 operários. A fábrica pode produzir 4.000 metros diários em 10 horas; e consome 35 toneladas de fio de juta por mês. A fábrica teve os seus produtos premiados nas exposições do Rio de Janeiro em 1908 e de Leopoldina em 1907.


Morro do Cristo
Fábrica de Sacos de aninhagem
1907
1909
18° governo: 1908 a 1911
17º Conselho Municipal de 1908 A 1911
-
Agente Executivo e Presidente do Conselho Municipal, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada
-
Raul Penido
-
Alberto Firmino Rodrigues Silva
-
Manuel de Assis Ribeiro
-
Antônio de Cerqueira Goulart
-
Josué Leite Ribeiro
-
Duarte de Abreu
-
Luiz Barbosa Gonçalves Penna
-
Edmundo Schmidt
-
Augusto Carlos Álvares Penna
-
Joaquim Ribeiro da Silva Braga
-
Luiz De Sousa Brandão
-
Oscar Vidal Barbosa Lage
-
Dilermando Martins da Costa Cruz
TIRO DE GUERRA
Rua Santo Antônio, 110 - Centro
O imóvel situado à foi construído para alojar a sede do Tiro de Guerra 17, fundado em 1908 pelo tenente João Marcelino Ferreira da Silva, que se aposentara como general de reserva. No frontispício do prédio vê-se gravado em alto relevo as Armas da República, o nome do Tiro de Guerra e data de sua fundação em 1908.
O objetivo do mesmo era ministrar a todos os cidadãos brasileiros que voluntariamente se apresentassem, os conhecimentos militares indispensáveis para que pudessem ser relacionados como reservistas de Segunda categoria do Exército.
ACADEMIA MINEIRA DE LETRAS
A Academia Mineira de Letras Fundada em Juiz de Fora, em 25/12/1909 e instalada em 13 de maio de 1810, por um grupo eclético de pioneiros ligados à literatura e a cultura, onde pontificavam jornalistas, escritores, profissionais liberais, homens públicos e conceituados militantes da cátedra e dos tribunais. Tribunais. Tribunais. Juiz de Fora, à época denominada Manchester Mineira, respirava um ar de progresso e de vanguarda na indústria e na inovação tecnológica, convivendo com fervilhante atividade literária, em que se misturavam empreendedores pioneiros, poetas e contistas de formação diversa, com a presença na cidade de tradicionais educandários e austeros educadores.
A imprensa rivalizava com a do Rio de Janeiro e articulistas de renome nacional assinavam artigos e colunas nos diários e periódicos de Juiz de Fora. A primeira indústria têxtil de Minas Gerais e a primeira hidrelétrica do País se instalaram na progressista cidade.
O grupo fundador da Academia Mineira Letras, de imediato incorporando o adjetivo mineiro, ao invés da denominação municipalista, dava a dimensão ambiciosa e ao mesmo tempo magnânima dos seus altos objetivos: o culto, a defesa e a sustentação da pureza da língua e a produção intelectual na sua plenitude e variedade. Inicialmente, os doze idealizadores capitaneados por Machado Sobrinho e integrados pelos intelectuais: Belmiro Braga, Dilermando Cruz, Amanajós de Araújo, Estevam de Oliveira, Eduardo de Meneses, Lindolpho Gomes, José Rangel, Heitor Guimarães, Francisco Brandi Horta, Albino Esteves e Luiz Joaquim de Oliveira elegeram mais dezoito intelectuais espalhados por todo o Estado que fosse representativo do que de melhor existia entre a elite acadêmica de Minas Gerais.
Em 24 de janeiro de 1915, acordaram os membros da Academia Mineira de Letras a transferência da sede da Academia para a Capital do Estado, em gesto de desprendimento e de visão, descortinando maior dimensão e "status" à mesma, próxima dos centros do Poder e de convergência de atividades e interesses de toda natureza.
COLÉGIO MACHADO SOBRINHO
Em 1943, o Instituto Comercial Mineiro Fundado em 1909, passou a denominar-se Escola Técnica de Comércio Machado Sobrinho, mantendo os cursos comercial, básico e técnico em contabilidade. Mais tarde, verificando-se a necessidade de ampliar os serviços educacionais, o Diretor resolveu restabelecer o curso primário, o curso ginasial e o colegial.
No início de 1961, reuniram-se, sob a presidência do Professor Píndaro José Alves Machado Sobrinho, os descendentes do saudoso educador Antônio Vieira Araújo Machado Sobrinho, ocasião em que a Escola Técnica de Comércio, por decisão unânime dos sócios, foi transformada em Fundação, objetivando perpetuar o nome do Fundador, difundindo e aperfeiçoando seus ensinamentos.
A Fundação Educacional Machado Sobrinho, entidade sem fins lucrativos e de caráter filantrópico, sucessora do Colégio Lucindo Filho e do Instituto Comercial Mineiro, sob a dinâmica e atuante direção do Prof. Fernando de Paiva Mattos, prosperou. Além dos cursos em funcionamento, a partir de 1969, foram criadas Faculdades de Administração e de Ciências Contábeis.[2]
CLUBE GYMNASTICO DE JUIZ DE FORA – TURNERSCHAFT
Foi fundado para a prática de ginastica, modalidade esportiva muito praticada pelos imigrantes alemães. Surgiu com a denominação União de Gimnastica Juiz de Fora em uma festividade na Cervejaria José para comemorar o aniversário natalício do Imperador Guilherme II (notícia do jornal "o Pharol". Já existiam espaços para essa prática nas cervejarias da cidade que funcionavam, também, com área de lazer e foram os donos dessas cervejarias que fundaram o clube: Matheus Kascher, Gustavo Nietzch, Carlos Stiebler e outros.
.[3]
FÁBRICA DE CIMENTO
Saint Clair de Miranda Carvalho construiu uma fábrica de
cimento na Rua Benjamin Constant, parte baixa, entre
1908 e 1910. Conforme informação de Denise Pessoa.
Fonte: Blog Maria do Resguardo. Foto[4]
[1] FUNALFA- BENS TOMBADOS
[2] http://www.colegiomachadosobrinho.com.br/
[3] Lisboa, Jaqueline Duque de Morais, e Carlos Fernando
Ferreira da Cunha Junior, Turnerschaft, Club Gymnástico
Juiz de Fora "1919\1979), Juiz de Fora, editora UFJF,
2011
[4] Foto Denise pessoa Maria do Resguardo
O imovel que funcionou o Tiro de Guerra, posteriormente, foi destinado à "Sopa dos Pobres"
Sociedade Sopa dos Pobres - imóvel tombado, foi restaurado em 2019.
SOPA DOS POBRES
A Sociedade Sopa dos Pobres foi fundada em 1910 pelo casal Ludgero e Alcides Guimarães Moreira. A ideia de implantar uma instituição de caridade surgiu nas comemorações do aniversário de sua filha Dulce Guimarães, única mulher entre os filhos do casal. Todos os anos, para comemorar o aniversário de Dulce, Ludgero e Alcides faziam a distribuição de cachorros quentes a crianças de rua da cidade.
Felizes com o resultado que obtinham dessas comemorações, resolveram fundar uma instituição, que, aos sábados, pudesse oferecer comida de qualidade para moradores de rua de Juiz de Fora.
Todos os sábados, o casal e mais três colegas saíam na parte da manhã pelas ruas, em busca de comerciantes que pudessem contribuir com os alimentos para a realização do almoço. A ideia começou a tomar forma, e em menos de dois anos, eles ofereceriam mais de 60 refeições aos pobres e moradores de rua da cidade. A distribuição aos sábados continuou até 1931, quando a instituição foi registrada e passou a funcionar durante toda a semana.
Jésus de Oliveira, doou uma de suas propriedades que foi transformada em sede, lugar onde até hoje funciona a distribuição das refeições. Em 1931 também aconteceu a mudança do que era oferecido no almoço dos beneficiados. A sopa, um tipo de refeição menos dispendiosa e que, por esse motivo, possibilitava que mais pessoas pudessem ser atendidas, entrou no cardápio no lugar do arroz e do feijão.
A população local e os empresários da cidade são os únicos responsáveis pela manutenção da Sopa dos Pobres desde a sua fundação. A Sopa dos Pobres de Juiz de Fora atende cerca de 200 pessoas todos os dias, com uma refeição de qualidade, contando com a ajuda de funcionários e voluntários.
1911





Tiro de Guerra
Ginastas do Clube Gymnastico
Fábrica de cimento
1910
19° governo: 1908 a 1911
18 Conselho Municipal de 1911 A 1915
1. Agente Executivo e Presidente do Conselho Municipal, Oscar Vidal Barbosa Lage
2. Luiz de Sousa Brandão
3. José Pedro de Mello
4. Antônio José Martins
5. Francisco Augusto Pinto de Moura
6. Jeremias Garcia, Padre
7. Joaquim Eugênio Lobato Guimarães
8. Ormindo José Pinto
9. João Baptista de Oliveira
10. Altivo de Melo Halfeld
11. Duarte de Abreu
12. Manoel José Antunes Pinto
13. Agenor Augusto da Silva Canedo, Coronel, PRM.
14. Manoel José Pereira da Silva
15. João Evangelista do Valle
16. Solano Braga
17. Pedro de Alcântara
18. Francisco Rodrigues de Almeida Moraes
SEGUNDO BATALHÃO DA POLÍCIA MILITAR "DOIS DE OURO"
A Polícia Militar de Minas Gerais é a instituição mais antiga, e uma das mais bem preparadas dentre todas as Polícias do Brasil, com 239 anos de existência. A corporação tem a sua origem no Regimento Regular de Cavalaria de Minas, em nove de junho do ano de 1775, no distrito de Cachoeira do Campo, município de Ouro Preto, o qual tinha como missão guardar as minas de ouro descobertas na região de Vila Rica (Ouro Preto) e Mariana.
Seu patrono é Tiradentes, herói da Inconfidência Mineira, e que serviu no Regimento Regular de Cavalaria de Minas. Segundo BPM- Polícia Militar Atualmente (2014), nos 853 municípios do Estado de Minas Gerais, a Polícia Militar de Minas Gerais conta com aproximadamente 50.000 integrantes, sendo a segunda maior Polícia do Brasil. Foto
O Segundo Batalhão de Policia Militar de Juiz de Fora foi criado em três de setembro 1890, pelo Presidente João Pinheiro da Silva e instalado em Uberaba e transferido para Juiz de Fora em 18 de julho de 1911 a pedido do prefeito Antônio Carlos Ribeiro.
Essa unidade militar abrange 13 cidades da Zona da Mata.
A demolição do prédio
"Caso emblemático ocorreu na cidade nos anos 1970: a demolição total do prédio onde funcionava a sede do 2º Batalhão da Polícia Militar para dar lugar à atual sede da referida unidade. O edifício, inaugurado em 1888, abrigou a Hospedaria Horta Barbosa, responsável pelo acolhimento dos imigrantes que chegavam à cidade, principalmente os italianos. Tal hospedaria foi construída num terreno da Fazenda da Tapera, que fora doado ao Governo da Província de Minas Gerais pelo seu proprietário, coronel Custódio Silveira Tristão. O controle da hospedaria era exercido pela Inspetoria Geral de Imigração, órgão criado na cidade com o fim de prestar o primeiro apoio aos imigrantes e cuidar do encaminhamento destes aos seus novos locais de trabalho, geralmente as fazendas de café situadas na região e no Sul de Minas".
O TUPINAMBÁS FUTEBOL CLUBE (BAETA)
Foi fundado no dia 15 de agosto de 1911 por Bruno Toschi, Remo Toschi, Dante Zanetti, Alberto Setta, Sebastião Taucci, Jorge Miguel, Horácio Antunes, Paulo Tirapani e Edmundo Benedicto, na cidade mineira de Juiz de Fora. Estreou em competições oficiais na cidade no ano de 1918, sagrando -se vice-campeão. Em 1919, conquistou seu primeiro título, sendo bicampeão no ano seguinte. Nessa mesma competição, conquistou mais onze títulos, o último em 1966. Conquistou em 1934, o vice-campeonato mineiro, perdendo o título para o Villa Nova de Nova Lima. O clube encerrou
suas atividades de futebol profissional em 1970, retomando no ano e 1983 e
posteriormente no ano de 2007.
BANCO DA CIDADE DE JUIZ DE FORA S.A.
Funcionou na Rua Halfeld em sede própria no número 811, Iriê Salomão de
Campos comentou: O decreto de criação é de 1912 na caderneta da foto tem
anotação de 1963.
Foto de Maria do Resguardo
Pedro Nava, Balão Cativo
Acervo Mauricio Lima Correia
1912
NAVEGAÇÃO NO RIO PARAIBUNA
"Em 20 de janeiro de 1914, o jovem Abel de
Montreuil, então com 20 anos de idade,
procurando demonstrar que o Rio Paraibuna
era navegável, inaugurou um serviço de
transporte de passageiros por lancha a motor
entre Benfica e a ponte da Rua Halfeld. Seu
pai, Eugênio de Montreuil, também estava
envolvido no projeto. O jornal O LYNCE (mais
tarde virou uma importante revista) noticiou o
fato em sua edição de 1º de fevereiro de 1914.
Na época, o rio era mais estreito, muito sinuoso e
com maior volume de água. As poucas pontes
existentes permitiam a passagem de uma
embarcação sob elas. O ancoradouro do barco
ficava nos fundos da fazenda de sua avó, Maria
Eugênia (onde hoje está situada a Transportadora IBOR, no Araújo).
A primeira viagem foi realizada com representantes da imprensa, partindo às 11 horas do centro (ponte da Rua Halfeld) em direção a Benfica, e regressando às 20 horas. Onze passageiros participaram do passeio inaugural que transcorreu sem nenhum incidente.
A tentativa de navegação no Paraibuna não era novidade. Em 1892, o então presidente da Câmara Municipal de Juiz de Fora, vereador Francisco Bernardino Rodrigues da Silva, assinou a Resolução Nº 94 (de 13 de outubro) autorizando André Halfeld e o padre alemão Adolfo Januschka (Capelão da Colônia Pedro II) a explorarem o serviço de transporte de cargas e passageiros em nosso principal rio durante vinte anos. Embora autorizados, não conseguiram levar adiante, pois menos de dois meses depois o padre veio a falecer.
Obtida no Google: Humberto Rodrigues de Sá
DIÁRIO MERCANTIL
Foi iniciado em 1912, e foi o jornal
que circulou em Juiz de Fora durante
mais tempo naquela época. Esse
jornal continha quatro páginas,
sendo cinco colunas e muitos
anúncios, deixando óbvio seus
compromissos na defesa de
interesses da nova burguesia.
Seus proprietários eram João Penido
Filho e Antônio Carlos Ribeiro de
Andrada, representantes do Partido
Republicano Mineiro (PRM), que
criaram o jornal devido à “ingrata
campanha eleitoral” do PRM na
cidade. Logo no início, tornou-se
órgão oficial do município.
Em 1931 foi incorporada pelos
“Diários Associados”, e em 13 de
janeiro de 1917, o primeiro número do jornal foi para as bancas.
TUPI FOOT BALL CLUB
Fundado em 26 de maio de 1912 por várias personagens da sociedade Juiz-forana, entre eles Antônio Maria Júnior, o Carijó. Alguns dos fundadores eram dissidentes do Tupynambás.
Seu estádio, o Francisco de Salles Oliveira foi inaugurado em 19 de junho de 193,2 também é conhecido por muitos como "Campo do Tupi" ou "Estádio de Santa Terezinha". Na época, o campo do Tupi era o maior e mais moderno de toda a Zona da Mata Mineira chegando a comportar mais de 5 mil pessoas
A partida inaugural foi diante do Vasco da Gama, que era o campeão do Torneio Início do Campeonato Carioca.
O Salles de chegou a entrar numa troca – troca de terrenos com a prefeitura envolvendo vários endereços, mas no final, ficou com a área original e com o espaço da rua Calil Ahouage, mesmo que gerando uma dívida, que foi negociada posteriormente pelo notório carijó Gabriel Gonçalves da Silva, o Bié.
O Salles Oliveira contou com investimentos do Ministério da Educação e foi remodelado na gestão de Maurício Batista de Oliveira, entre julho de 1988 e maio de 1989, tinha à época uma estrutura de arquibancadas tubulares que ficavam atrás dos gols e do lado oposto à arquibancada principal. No fim dos anos 80, o estádio chegou a comportar até 8 mil espectadores, mas com a desmontagem da antiga estrutura, a capacidade atual é de aproximadamente 1.150 pessoas.
O Tupi utiliza as cores preto e branco em seu uniforme listrado e tem o galo “carijó” como símbolo.
O estádio de Santa Terezinha recebeu seu último jogo oficial de profissionais do Carijó no dia 4 de julho de 1999.
O Tupi continuou jogando em inúmeras competições usando o Estádio Municipal e teve sucesso em várias empreitadas, mas atualmente (2024), assim como os outros times de Juiz de Fora, não consegue solidez em seus empreendimentos futebolísticos.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tupi_Football_Club



Segundo BPM
Caderneta do Banco da
Cidade de Juiz de Fora


Na foto, estão JOVITA (terceira criança em pé, a partir da esquerda), EUGÊNIO DE MONTREUIL (primeiro homem em pé, a partir da esquerda), ABEL DE MONTREUIL (última criança em pé, a partir da esquerda), CHARLES (homem sentado), CLARISSE (primeira mulher sentada, a partir da esquerda) e ANA ARAÚJO (segunda mulher sentada).

1914
PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
28 de junho de 1914: o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono Austro-Húngaro, e sua esposa Sofia, Duquesa de Hohenberg, foram assassinados pelo sérvio Gavrilo Princip, que pertencia ao grupo nacionalista-terrorista armado Mão Negra (oficialmente chamado "Unificação ou Morte"), que lutava pela unificação dos territórios que continham sérvios. Esse incidente desencadeou os eventos que deram origem à primeira guerra mundial e consequências na vida dos emigrantes e descendentes em Juiz de Fora.
A primeira guerra Mundial de 1914 a 1818 influiu no comércio de Juiz de Fora, em função da desastrosa queda da exportação do café e em consequência o desaquecimento da economia da cidade.
Afinal de contas a cidade dependia muito dessa atividade agrícola. Em contrapartida, houve a consolidação da indústria de bens de consumo e o crescimento do parque industrial, o que consolidou Juiz de Fora como a “Manchester Mineira”.
Outro fator interessante foi a ocorrência de certa xenofobia com relação aos comerciantes e industriais imigrantes, e descendentes, principalmente os de origem alemã. Ocorreram casos de mudanças em nomes de empresas em função dessa situação.
Parte dos operários da Fábrica Mascarenhas em relação a um funcionário alemão verificou-se: “Com allemães não trabalhamos, ” 16 de fevereiro de 1918, “O Pharol”.
Na Escola de Farmácia e Odontologia, ligada ao Instituto Granbery de origem Protestante, o diretor fez afixar, no quadro de informações, um aviso solicitando aos alunos que abstivessem de quaisquer comentários em público a respeito da guerra (O Pharol, 15 julho).
Os operários alienados socialmente viam nos alemães e seus descendentes a causa maior de sua carestia, embora muitos sofressem a mesma opressão, pois compartilhavam o mesmo ambiente, ou seja, o interior repressor das fábricas.
MUSEU MARIANO PROCÓPIO
Belmiro Braga com um cachorro, fazendo referência à uma famosa poesia dele-
Mariano Procópio iniciou em 1861 a construção da Villa Ferreira Lage, onde posteriormente se instalou o primeiro museu histórico de Minas Gerais, fundado em 1915 por seu filho Alfredo Ferreira Lage.

1915





Santo Estevão
Belmiro Braga
Mariano Procópio
Alfredo Ferreira Lage
Pantaleone Arcuri
ÁLBUM MUNICÍPIO
O LIVRO MAIS IMPORTANTE SOBRE A HISTÓRIA DE JUIZ DE FORA
Publicado em 1915, o “Álbum do Município de Juiz de Fora”, organizado por Albino Esteves, é o mais importante livro já publicado sobre Juiz de Fora. Conhecido entre historiadores, pesquisadores, estudantes, professores e curiosos como o “Álbum do Albino”, esta obra é como uma “Bíblia” para quem deseja conhecer ou prosseguir nas pesquisas sobre a formação da cidade. Mãe de todos os outros livros publicados sobre o mesmo tema, o Álbum do Albino foi e tem sido fonte para qualquer outra obra publicada e a ser sobre nossas origens.

1916
20° governo: 1916 a 1918, Agente Executivo e Presidente do Conselho Municipal,
José Procópio Teixeira (Primeiro Mandato)
19º Conselho Municipal de 1916 A 1918
1. Agente Executivo e Presidente do Conselho Municipal, José Procópio Teixeira (Primeiro Mandato)
2. Francisco Augusto Pinto de Moura
3. Eduardo de Menezes Filho
4. Jeremias Garcia
5. Henrique Surerus
6. Severino Junqueira de Andrade
7. Nicolau Cappelli
8. Philippe Luiz Paletta
9. Agostinho de Souza
10. Henrique Ribeiro Coimbra
11. Antônio Ferreira Monteiro da Silva
12. Aurélio Ribeiro de Oliveira
13. João Evangelista de Assis
14. José Antônio Monteiro da Silva
QUARTA REGIÃO MILITAR
QUARTA BRIGADA DE INFANTARIA MOTORIZADA
Em 16 de setembro de 1916, foi instalado o quartel General da 4ª Região Militar, inicialmente ocupando as instalações da antiga Escola Agrícola e, posteriormente, em 24 de maio de 1920, à Rua Mariano Procópio, nº. 1.180, cujas instalações haviam sido, no passado, moradia do Comendador Mariano Procópio Ferreira Lage e onde se hospedou a Família Real, em 1861.
Esse efetivo militar fez enorme diferença na cidade por sua importância política e pelos recursos financeiros injetados no município.
Em 08 de dezembro de 1995, foi extinto o Comando da 4ª Região Militar, com sede aqui na cidade, transformando o então Comando da 4ª Divisão de Exército, com sede em Belo Horizonte, em Comando da 4ª Região Militar e 4ª Divisão de Exército.
Atualmente (2014) ainda se mantém na cidade: Comando da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada - 4º Depósito de Suprimentos- Hospital Geral de Juiz de Fora- 12ª Circunscrição de Serviço Militar -Colégio Militar de Juiz de Fora- 4ª Inspetoria de Contabilidade e Finanças do Exército.
CIA. DIAS CARDOSO
Prédio construído na Rua Halfeld, 342 e 348, pela Cia. Pantaleone Arcuri, em 1916 para a Cia. Dias Cardoso em estilo europeu do século XX. Seu proprietário, Sr. Paschoal Dias Cardoso, um português muito respeitado e querido chegou em Juiz de Fora no início do século. Tinha um parque gráfico, livraria, papelaria, artigos para escritório, confecções de livros comerciais, além de vender instrumentos musicais que eram exportados para outras cidades de Minas Gerais e para todo o país. O imóvel é tombado como patrimônio histórico de Juiz de Fora.
SPORT CLUB JUIZ DE FORA
Fundado em 1916, o Sport Club surgiu a partir de outro clube, a Sociedade Recreativa Comercial Clube. O Comercial, criou um setor esportivo do clube, denominado Sociedade Esportiva do Comercial Clube.
Sua sede, foi conquistada a partir do momento em que alugaram um terreno do presidente da Câmara Municipal, Sr. José Procópio Teixeira, localizado próximo ao Largo do Riachuelo. Nesse momento os sócios e, em assembleia, decidiram mudar o nome do setor esportivo da entidade e para Sport Club Juiz de Fora, sociedade independente do Comercial Clube, embora ainda dispondo da mesma sede.
A Sede do Sport Club de Juiz de Fora foi erguido a partir da data em que o clube foi fundado posteriormente, já sob o comando de José Procópio Teixeira Filho, foi construída uma sede- que foi inaugurada em primeiro de maio de 1921. O prédio possuía dois pavimentos: no térreo, havia salões de reunião, secretaria, bar, vestiários e instalações viárias. No andar superior, estavam as arquibancadas com capacidade para 3 mil pessoas. Um rinque de patinação e uma quadra de tênis também foram erguidos. Foi inaugurado com a visita do Botafogo do Rio de Janeiro.
Em 28 de setembro de 1947, inicia uma importante fase de conquistas do clube, com a inauguração do Estádio Doutor José Procópio Teixeira. À frente desta nova época, estava o presidente Francisco Queiroz Caputo, que durante 55 anos consecutivos foi presidente do clube. Um recorde mundial registrado no Guinness Book. Atualmente o estádio possui 6.500 lugares.
O Clube adota as cores verde e Branco e seu símbolo é um periquito. Sustenta a antonomásia de “Gigante da Avenida ” e se orgulha apresenta, de que em suas dependências foi construída a primeira piscina suspensa da América Latina.
O Sport sempre teve nomes ilustres entre seus associados e atletas. Como o do ex-presidente da República Itamar Franco, que atuou e foi campeão pelos times de basquete do Verdão, na década de 1950. Outro ex-presidente da República que foi sócio do Sport Club JF foi João Batista de Oliveira Figueiredo. O ex-prefeito de Juiz de Fora, Tarcísio Delgado, além de sócio, sempre declarou abertamente ser torcedor do Periquito.



Quarta Brigada
Cia Dias Cardoso
1917
AINDA SOBRE A PRIMEIRA GUERRA
5 de abril de 1917: o vapor brasileiro Paraná, um dos maiores navios da marinha mercante, carregado de café, navegando de acordo com as exigências feitas a países neutros, foi torpedeado por um submarino alemão a milhas do cabo Barfleur, na França, e três brasileiros foram mortos. Quando a notícia aqui chegou, poucos dias depois, eclodiram diversas manifestações populares.
1918
REPARTIÇÕES MUNICIPAES (PRÉDIO)
O prédio das “Repartições Municipaes”, foi projetado pelo arquiteto Rafael Arcuri. O imóvel está situado na esquina da Avenida Barão do Rio Branco com a rua Halfeld. O núcleo original, voltado para a Rio Branco, foi construído em 1918. A primeira ampliação ocorreu em 1934 na fachada lateral, mantendo-se as mesmas características arquitetônicas do existente, e que resultou na configuração atual do prédio. O edifício de dois pavimentos segue o estilo eclético com reminiscências neoclássicas e apresenta exuberante ornamentação, além de movimentado jogo de elementos salientes e reentrantes nas fachadas. Recursos de composição horizontal e vertical foram amplamente utilizados, objetivando o perfeito equilíbrio e harmonia das proporções, assim como nas ordens arquitetônicas.
No sentido horizontal, as fachadas são tratadas segundo normas, que em linhas gerais, correspondem a divisão das colunas gregas: no térreo, o prédio é alteado, com revestimento fortemente marcado por bossagem (sulcos feitos na massa sugerindo pedra de cantaria) para transmitir a ideia de solidez e segurança.
4 ª. AUDITORIA MILITAR
Juiz de Fora é sede da 4ª Circunscrição Judiciária
Militar (CJM), desde 1918 e faz parte da Primeira I
nstância da Justiça militar. Desde 1999 funciona em
um casarão com cerca de 120 anos, localizado na
Rua Mariano Procópio. e anteriormente funcionava
nesse imóvel na praça Antônio Carlos. Durante o
período revolucionário entre 1964 e 1985 pela Auditoria passaram centenas de militantes que foram presos pelo regime militar.
A ex-presidente Dilma Rousseff prestou depoimento
nessa Auditoria e esteve presa no QG do Exército
em Juiz de Fora e em Linhares no início dos anos 1970
. No mesmo processo dela estavam seu ex-marido
Cláudio Galeno de Magalhães Linhares, o ex
Governador de Minas Gerais Pimentel e outros 25
militantes políticos. Parte dos companheiros de Dilma foram condenados por assaltos a três bancos, que financiaram ações do grupo. Dilma foi condenada por sua atuação no Comando de Libertação Nacional (Colina). Ela era apontada pelos militares como integrante do núcleo intelectual do grupo.
GRIPE ESPANHOLA
EM 1918 UM VÍRUS PAROU JUIZ DE FORA. MORRERAM MAIS DE 500 PESSOAS.
O isolamento social, o vazio das ruas e o recolhimento quase obrigatório às residências que vemos hoje em todo o mundo, não é novidade aqui.
Já aconteceu noutra ocasião em que dezenas de países foram acometidos por outra pandemia: a da GRIPE ESPANHOLA.
A doença era chamada de "influenza pneumonia". Apesar do nome, a tal gripe não surgiu na Espanha. Passou por outros países antes da imprensa espanhola dar bastante cobertura à sua chegada ali. Uma vez que seu surto foi muito noticiado neste país, com isso recebeu o nome como ficou conhecida.
Um quarto da população mundial foi contagiada. Morreram mais de 50 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, foram mais de 12 mil mortes. Em muitas cidades brasileiras, morreram políticos, fazendeiros, empresários, artistas e, até, o presidente da República Rodrigues Alves, depois de eleito para um segundo mandato.
Não havia vacina contra o mal. O isolamento em casa o evitava e os que sobreviveram, depois de acometidos pela doença, tiveram acesso a medicamentos para baixar a febre e diminuir as dores. Manter o corpo bem higienizado, hidratado, alimentado e descansado, aliado ao isolamento total ajudava na recuperação.
O vírus chegou aqui de navio. De algum navio que atracou no Rio de Janeiro vindo da Europa.
Dali até Juiz de Fora foi um pulo só. Bastou passageiros infectados contagiarem alguns transeuntes na saída do cais e esses transitarem pela então capital da República, para desencadearem uma cadeia de contágios em viajantes que, logo as primeiras vítimas apareceram em nossa cidade.
Tudo se deu aqui entre os meses de outubro a dezembro de 1918.
Tão logo surgiram em Juiz de Fora os primeiros doentes, tudo parou. As repartições públicas e todas as escolas foram fechadas. As indústrias e o comércio também. Os bondes deixaram de circular. Nas ruas não se via quase ninguém.
Bastava o mínimo contato com um doente e o vírus já se apossava desse novo corpo.
As pessoas morriam nas casas de saúde, nas residências do centro e dos bairros, e em toda a zona rural. Caíam doentes nas ruas ou nelas mesmas morriam. O contágio era muito rápido.
Não havia caixões para todos. Muitos corpos foram sepultados em vala comum.
As carroças circulavam pela cidade levando cadáveres aos montes para serem enterrados no Cemitério Municipal, no da Glória, no de São Pedro, de Grama, da Barreira e nos da zona rural.
Foram mais de 500 mortos em Juiz de Fora entre quase mil infectados pela gripe espanhola.
VANDERLEI TOMAZ. Texto de março de 2020. Em pleno período da pandemia do Corona vírus.
AS VÍTIMAS DA "ESPANHOLA"
Só agora fiquei sabendo o número de pessoas que faleceram nesta cidade, em 1918, vitimadas pela "gripe espanhola". Eu também fui atingido por ela, e creio ter sido a única vez que fiquei em casa, sem trabalhar. Não de cama, mas na janela, vendo os bondes passarem. Um dia deixaram de passar. Vi o último motorneiro tombar no Largo de São Roque. Naquele dia tudo parou em Juiz de Fora, os bondes, as fábricas, o comércio e as escolas. Os jornais que puderam circular apareceram com a matéria reduzida, composta em corpo 12, e, os quartéis do 57º. de Caçadores e da Polícia lembravam a velha frase pessimista: "O Brasil é um vasto hospital". Não sei por que deram à moléstia o nome de "gripe espanhola", já que, pelo que li agora na coleção do DIÁRIO MERCANTIL, ela apareceu em Portugal, em setembro, daquele ano, com o nome de "influenzae pneumônica" e, depois de atacar a esquadra brasileira em Dacar ocasionando-lhe muitas baixas surgiu no Brasil como verdadeira calamidade.
Nesta cidade, os primeiros casos foram registrados na segunda quinzena de outubro, tendo sido noticiado no dia 19 que havia 300 pessoas enfermas.
Desde então e até o fim de novembro, Juiz de Fora viveu os dias mais tristes de sua história, tanto que passou quase despercebido um acontecimento que, em situação normal, teria ocasionado o maior regozijo popular: a terminação da guerra europeia.
No dia que se comemorou, há pouco, o 50 º. aniversário da assinatura do armistício, um garoto de 1918, chamado Cecílio Sampaio, comunicou-me na porta do edifício Krambeck, na presença de Vitório Turilândia: " Há cinquenta anos , nesta data eu estava comprando remédios na Drogaria Americana para pessoas de minha família. Ninguém falava em armistício, porque a rua estava deserta".
Só me falta dizer quantas vítimas ocasionou a "gripe espanhola".
Teodomiro Gumercindo de Campos, falando em nome da Prefeitura, informou que de 23 de outubro a 3 de dezembro foram sepultados nos cemitérios municipais e da Glória 556 pessoas , sendo 57 neste e 499 naquele.
Tendo confrontado o total de óbitos com os ocorridos em igual número de dias anteriores à epidemia , chegou à conclusão de que morreram em consequência dela, somente na cidade, 423 pessoas , pois não computou os enterramentos feitos nos cemitérios da Grama, Barreira do Triunfo e Colônia de São Pedro nem os dos distritos rurais, que eram então quinze.
“Synochus catarrhalis era o nome de uma doença epidêmica, clinicamente individualizada desde tempos remotos e que periodicamente, cada vez com maior extensão, assola a humanidade. Essa extensão está relacionada à velocidade sempre crescente das comunicações. Seu contágio já andou a pé, a passo de cavalo, à velocidade de trem de ferro, de navio e usa, nos dias de hoje, aviões supersônicos – espalhando-se pelo mundo em dois, três, quatro dias.
Quando passou pela Itália (na epidemia de 1802 que tão duramente castigou Veneza e Milão), recebeu nome que fez fortuna: influenza. O termo pegou, passou para linguagem corriqueira e lembro de tê-lo ouvido empregado por minha avó materna, em Juiz de Fora, na minha infância – a Dedeta não pode ir às Raithe porque está de cama com uma influenza; ou – a Berta está calafetada dentro do quarto, de medo da influenza.
O nome gripe vem do meio do século passado e foi primeiro empregado por Sauvages, de Montpellier, tendo em conta o aspeto tenso, contraído, encrespado, amarrotado – grippé – que ele julgou ver na cara de seus doentes. Parecendo ser da entidade em questão, a literatura médica está cheia da descrição de surtos epidêmicos de que alguns assumiram aspeto pandêmico, assolando todas as grandes aglomerações humanas, como o de 1733, que marca a primeira passagem oceânica de mesma epidemia propagada da Europa à América; os de 1837, 1847, 1889 e finalmente o de 1918 que varreu o mundo, causando maior número de mortes que a Primeira Grande Guerra. (…)
Seu nome de batismo foi Influenza espanhola ou mais simplesmente Espanhola. (…). Ela nasceu da influência, desta coisa imprecisa, desprezada pelos modernos, mas, entretanto, existente – que são as coincidências telúricas, estacionais e atmosféricas responsáveis pela chamada constituição médica de determinadas doenças no tempo. (…) pois sínoco de catarro, influenza, gripe ou como queiram chamá-la – a espanhola instalou-se entre nós em setembro, cresceu no fim desse mês e nos primeiros do seguinte. (…) tornou-se calamidade de proporções desconhecidas nos nossos anais epidemiológicos nos dias terríveis da segunda quinzena de outubro e sua morbilidade e mortalidade só baixaram na ainda trágica primeira semana de novembro.
Comecei a sentir o troço numa segunda-feira de meados de outubro em que, voltando ao colégio, encontrei apenas onze alunos do nosso terceiro ano de quarenta e seis. Trinta e cinco colegas tinham caído gripados de sábado para o primeiro dia da semana subsequente.
Chegamos ao colégio às 9 horas. Ao meio-dia, dos sãos, entrados, já uns dez estavam tiritando na Enfermaria e sendo purgados pelo Cruz.
Há uma hora o Diretor Laet, o Quintino, o médico da casa, o Leandro e o Fortes passaram carrancudos nos corredores e foram se trancar no Salão de Honra.
Às duas, assistíamos a uma aula do Thiré, quando entrou o próprio Chefe de Disciplina. Disse umas palavras ao nosso professor que logo declarou sua aula suspensa e que, por ordem do Diretor, devíamos subir para os dormitórios, vestir nossos uniformes de saída e irmos o mais depressa possível para nossas casas. O Colégio fechava por tempo indeterminado. Sobretudo que não nos demorássemos na rua.
Voltei rapidamente para Major Ávila, 16. Quando eu saíra de manhã, tinha deixado a casa no seu aspeto habitual. Quando cheguei, tinham caído com febre alta e calafrios a Eponina, o Ernesto, a Sinhá-Cota e o Gabriel. Forma benigna, parecendo mais simples resfriado. (…)
Era apavorante a rapidez com que ela ia da invasão ao apogeu, em poucas horas, levando a vítima às sufocações, às diarreias, às dores lancinantes, ao letargo, ao coma, à uremia, à sincope e à morte em algumas horas ou poucos dias. Aterrava a velocidade do contágio e o número de pessoas que estavam sendo acometidas”.
Paulino de Oliveira


Auditoria Militar
Repartiçoes Municipaes

Avenida Rio Branco próximo à Rua Gil Horta: Como era Juiz de Fora no período em que precisou enfrentar a gripe espanhola. A cidade, naquele momento, contava menos de 120 mil habitantes e a gripe vitimou cerca de 0,4% dessa população. (Foto: Acervo Maria do Resguardo)


1919
20° governo: 1919 a 1922
29 Conselho Municipal de 1919 A 1922
1. José Procópio Teixeira (Segundo Mandato), Agente Executivo
e Presidente do Conselho Municipal
2. Francisco Augusto Pinto de Moura
3. Agenor Augusto da Silva Canedo
4. Augusto Penna Filho,
5. Severino Jun¬queira de Andrade
6. Pedro Marques de Almeida
7. Henrique Ribeiro Coimbra
8. Mauro Roquette Pinto
9. Joaquim Simeão de Faria
10. Eduardo de Menezes Filho
11. Luiz de Sousa Brandão
12. Nicolau Cappelli
13. Bento da Rocha Vaz
14. Luiz Barbosa Gonçalves Penna
15. João Evangelista do Valle
KEGEL CLUB
Kegel é um jogo de bolas alemão, parecido com o boliche. Em Juiz de Fora, os Luteranos, fundaram um clube para praticar essa atividade em 1919. Funcionou nas instalações da Igreja, na Praça Assis, ao lado do atual Clube de Tênis D. Pedro. Na segunda guerra o clube foi obrigado a mudar seu nome para "Sociedade Esportiva Jogo da Bola". O clube encerrou suas atividades em 1979.
Em outras cidades de colonização alemã, Petrópolis por exemplo, ainda se praticam essa atividade de lazer.
BARCELONA MINEIRA
JUIZ DE FORA, CONHECIDA POR “MANCHESTER MINEIRA” (COMPARANDO- A COM A CIDADE INGLESA DE MANCHESTER) FOI INTITULADA “ BARCELONA MINEIRA” POR RUY BARBOSA, QUANDO EM VISITA A ASSOCIAÇÃO COMERCIAL EM TRÊS DE ABRIL DE 1919.
PRÍNCIPE HOTEL
Construído na década de 1920, pertenceu inicialmente a um imigrante italiano. A região da Praça da Estação foi marcada pela fixação de imigrantes que se especializaram na prática comercial. Abrigou hóspedes ilustres como os presidentes Arthur Bernardes e Getúlio Vargas. Representa um período do auge ferroviário, representado em Juiz de Fora pelo Largo da Estação que teve seu processo de decadência iniciado com a instalação das rodovias. O hotel é um dos primeiros edificados na Praça da Estação com data anterior a 1893. A implantação do prédio, repete o esquema remanescente do período colonial de alinhamento nas divisas frontal e laterais do terreno, em forma de “U”, com comércio na parte inferior e a ocupação mais nobre, assoalhada, na parte superior.
PRÍNCIPE HOTEL
Construído na década de 1920, não recebeu tantas personalidades como o Renascença. Talvez, exatamente por isso, ele não tenha uma importância equivalente. Sem o glamour do hotel um pouco mais antigo da Praça da Estação, ele com certeza era a alternativa para milhares de pessoas que desembarcava na Estação. Cumpria, portanto, seu papel entre os prédios que se localizavam na Praça: abrigava os estrangeiros e viajantes que que encontravam no fervilhante comércio e nas proximidades das fábricas que se instalavam nas áreas vizinhas à Praça Antônio Carlos o desenvolvimento e os ares de modernidade ausentes no interior. Foto
Do papel para as mãos, o trabalho de conclusão de curso intitulado “Príncipe Hotel, Recuperação do Edifício no Centro Histórico de Juiz de Fora” e apresentado em 2010 por Lina Malta Stephan, ganhou vida em 2011, quando os donos do casarão procuraram a Prefeitura para viabilizar uma reforma no local e foram indicados à jovem arquiteta, cujo último trabalho de graduação havia sido orientado pelo artista gráfico e professor Jorge Arbach. “Sozinha eu não daria conta, então levei o projeto para a Permear (uma Organização da sociedade civil de interesse público) ”, conta ela, referindo-se à entidade da qual é, hoje, vice-presidente.
Lisboa, Jaqueline Duque de Morais e Carlos Fernando Ferreira da Cunha Junior, Turnerschaft, Club Gymnástico Juiz de Fora "1919\1979), Juiz de Fora, editora UFJF, 2011
Foto Luiz Antonio Stephan



HOTELRENASCENÇA
PRÍNCIPE HOTEL